Empossado na tarde de ontem como o segundo reitor eleito da UFABC (Universidade Federal do ABC), o professor Klaus Capelle promete que sua gestão, entre 2014 e 2018, será democrática. Segundo o docente de Física da instituição desde 2009, toda a comunidade acadêmica, incluindo professores, alunos e funcionários administrativos, terá voz ativa no processo de construção da universidade.

Em seu discurso, Capelle contextualizou a importância da universidade federal para o Grande ABC, cujo histórico foi fundamental para a elaboração do projeto pedagógico da instituição. “Temos compromisso de contribuir para o desenvolvimento da região através da Educação”, diz. Emocionado, o docente se mostrou otimista. “Nosso desafio como gestor é fazer mais com menos, porque teremos cada vez mais demandas e menos recursos”, observa.

Para o ex-reitor Hélio Waldman a sensação que fica é a de dever cumprido. Entre os feitos, o docente destaca a expansão da infraestrutura, das políticas afirmativas e dos projetos de extensão e pesquisa. Já entre as ações que gostaria de ter realizado, está a possibilidade maior de interação da universidade com o Ensino Médio, tido por ele como um dos principais gargalos.

Os representantes do DCE (Diretório Central dos Estudantes) aguardam o início das aulas, em março, para continuar o trabalho de reivindicar melhorias, como a moradia estudantil e o fim da terceirização do restaurante universitário. “Já entregamos documento para o reitor, na época da campanha, e ele se comprometeu a avaliar as questões”, observa o presidente do DCE, Gabriel Camargo de Carvalho.

A cerimônia de transmissão de cargo de reitor foi realizada na tarde de ontem no auditório do campus de São Bernardo e contou com apresentação do coral UFABC, exibição de grupo de dança e da bateria universitária da instituição, além da presença de autoridades.

A chapa composta pelos docentes Klaus Capelle e Dácio Roberto Matheus (vice), obteve 36,46% dos 2.238 votos computados. A decisão final a respeito da escolha do reitor ficou a cargo do ministro da Educação, José Henrique Paim Fernandes, que chancelou a opinião da comunidade acadêmica.