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Farah nao quer mais jogo debaixo de temporal
Por Do Diário do Grande ABC
07/02/1999 | 17:17
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O presidente da Federaçao Paulista de Futebol (FPF), Eduardo José Farah, vai orientar os árbitros a paralisarem a partida se estiver chovendo e trovejando muito forte no local e levar os atletas aos vestiários até o temporal passar. A decisao do dirigente partiu depois do incidente do jogo de sábado entre Palmeiras e Fluminense, quando uma descarga elétrica caiu no campo afetando sem gravidade o radialista Alex Miller, da Rádio Bandeirantes e mais quatro cinegrafistas, além de deixar os jogadores muito assustados. O árbitro Djalma José Beltrami deixou a partida prosseguir.

Foi a terceira vez que o Parque Antártica foi atingido por descarga elétrica. Em 1983, um raio caiu no campo durante um treino. O jogador Carlos Alberto Borges ficou inconsciente e desde entao nunca mais seu rendimento foi o mesmo. Cinco anos depois, outro raio destruiu o placar eletrônico do estádio. Há três anos, outra descarga elétrica caiu próximo do Palestra Itália, no Centro de Treinamento do Sao Paulo, na Barra Funda, atingindo o preparador físico Altair Ramos.

Os especialistas em pára-raios dizem que, no caso dos estádios os equipamentos de segurança costumam ser instalados nas torres de iluminaçao e conseguem proteger apenas as arquibancadas. O gramado fica descoberto. Isto preocupa os jogadores. Os atletas do Palmeiras ficaram muito assustados com o estrondo ouvido durante o primeiro tempo do jogo de sábado. "Quando ouvi aquele barulho comecei a gritar para parar a partida", lembra o goleiro Marcos. "A gente fica muito preocupado em jogar debaixo de uma chuva como foi aquela", comenta o meia Zinho. "Depois que eu vi o repórter caído atrás do gol lembrei daquele raio que caiu num jogo na Africa, ano passado, derrubando todos os jogadores."

Para o técnico Luiz Felipe Scolari, a experiência na chuva durante o primeiro tempo do jogo contra o Fluminense serviu para alguma coisa. Com o gramado encharcado, o Palmeiras teve de esquecer a técnica e apelar para o improviso. "As vezes o time tem de jogar como se estivesse na várzea", ilustra Scolari.




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