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Bate-cabeça deliberado na Câmara de Mauá?
Por Raphael Rocha
07/02/2019 | 07:00
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O andamento dos processos de impeachment contra o prefeito afastado de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), tem sido recheado de bate-cabeça. São diversos sorteios de vereadores, pedidos de explicação sobre prazos e questionamentos internos que tumultuam os bastidores do Legislativo. Porém, diante de tanto vai e vem, cresce especulação sobre erros deliberados para atrasar o resultado da cassação do socialista. Um exemplo que tem gerado estranheza é o que envolve o vereador Ivan Stella (Avante). Após sofrer AVC no ano passado e ainda estar em recuperação, o parlamentar foi sorteado para uma das duas comissões aprovadas. Mesmo sabendo de seus problemas de saúde, não falou nada quando houve o sorteio. Depois de dias, renunciou ao posto, justamente alegando problemas de saúde. Todo esse impasse resultou em demora de mais de uma semana nos trabalhos de um dos grupos montados, já que a defesa de Atila acionou a Justiça para paralisar os prazos. Ivan garante que recebeu parecer médico depois da sessão, recomendando-o a renunciar. Nos corredores da Casa, dizem que o ato fez parte de enredo para atrasar o impeachment.

BASTIDORES

Ação e reação
Quem acompanha de perto os desdobramentos dos processos de impeachment contra o prefeito afastado de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), observa a redução do apetite dos vereadores em cassar o socialista. Há quem diga que é reação à postura da prefeita em exercício da cidade, Alaíde Damo (MDB). Ela tem ignorado por completo a Câmara. Na primeira sessão do ano, na terça-feira, nenhum representante do governo foi ao Legislativo. Ela reluta em receber parlamentares e, inclusive, determinou a exoneração de indicações dos políticos em cargos comissionados. Além disso, sequer líder de governo na Casa ela indicou.

Preparando terreno
Ainda em Mauá, a saída do ex-deputado federal Wagner Rubinelli (PCdoB) da Secretaria de Trabalho no governo interino de Alaíde Damo (MDB) seria parte inicial do plano de ele se cacifar na corrida eleitoral de 2020. Diante de tamanha instabilidade política no município, Rubinelli acredita ser possível potencializar candidatura própria ao Executivo, porém, não poderia ficar associado a Alaíde. Se não for Rubinelli o prefeiturável, há planos para que o vereador Fernando Rubinelli (PDT), filho do ex-deputado, encampe o projeto político.

Vai que cola
Outra figura da política mais tradicional da região que vislumbra estar nas urnas em 2020 é o ex-prefeiturável Jayme Tortorello, irmão do prefeito Luiz Olinto Tortorello (morto em 2004), de São Caetano. Segundo Jayme, que concorreu ao Palácio da Cerâmica em 2008 pelo PT, enquetes feitas em grupos de redes sociais colocam seu nome com potencial para o próximo pleito.

Licenças
Os dois vereadores do Solidariedade de São Bernardo, Fran Silva e Ivan Silva, pediram licença por duas semanas do cargo. Darão espaço para os suplentes Shell Gomes (que recebeu 1.426 votos em 2016) e Balduino Soares (1.342 adesões).

Licenças
Os dois vereadores do Solidariedade de São Bernardo, Fran Silva e Ivan Silva, pediram licença por duas semanas do cargo. Darão espaço para os suplentes Shell Gomes (que recebeu 1.426 votos em 2016) e Balduino Soares (1.342 adesões).

Gestão pública
A Câmara de Mauá vai sediar aulas gratuitas sobre gestão pública municipal. Serão dois dias de atividades, com entrega de certificado, em palestras ministradas pelo professor Renato Eliseu, mestre em integração da América Latina pela USP (Universidade de São Paulo), docente de diversas entidades, entre elas o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), e pelo historiador Thiago Rocha, formado pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), líder da Raps (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade) e cofundador do Movimento Agora! As aulas serão dias 18 e 20 de fevereiro, das 18h às 22h. As inscrições podem ser feitas pelo seguinte endereço eletrônico: https://goo.gl/forms/cjOy9vQH2pLIHHqV2.

Posse
O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), confirmou para amanhã, às 11h, a posse do vereador Daniel Córdoba (PSDB) como secretário de Assistência e Inclusão Social. O parlamentar tucano dará lugar para Neide Sartori (PSDB). 




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