Palavra do Leitor Titulo
Os prédios e o Brasil sob gestão técnica

Uma das coisas mais difíceis para quem escreve é ter a percepção de que deve existir motivo para o que se colocar no papel

Por Dgabc
06/02/2012 | 00:00
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Artigo

Uma das coisas mais difíceis para quem escreve é ter a percepção de que deve existir motivo ou razão plausível para se colocar no papel assunto que realmente te desperte a vontade de escrever. Nesse aspecto me dou a liberdade de escrever apenas assuntos que me tocam, até por que não sou pago para escrever nem estou vinculado a nenhuma editora - apenas, isso sim, ao meu coração, às minhas ideias, às quais nunca traio por conveniência de nenhum tipo. Mas para quê falar sobre percepção, motivos para escrever? Na verdade, nesse breve período de férias que tive, pensei muito sobre o Brasil e seu atual papel no mundo, sobre o governo da presidente Dilma, sobre a crise mundial, e, particularmente nesses últimos dias, sobre a tragédia da queda dos prédios no Rio de Janeiro. Nesse contexto político e dramático, uma coisa é certa: o aspecto técnico pode ser a chave da solução de grande parte dos problemas atuais da humanidade.

Explico. O Brasil vai bem porque Dilma é técnica e não política. Dei-me conta disso principalmente quando ouvi, com enorme satisfação, a queixa do porta-voz do Irã, Ali Akbar Javanfekr: disse ele que "Lula está fazendo falta". Dei-me conta disso quando vejo Dilma indo a Cuba e evitando assuntos políticos internos, mas também não se mostrando conivente com a ausência de direitos humanos na ilha. E também quando ela, nossa presidente, demite sem dó ministros sob suspeição, e principalmente porque é seu costume falar pouco e pensar mais em números, numa demonstração de que a técnica está acima da política, política esta que tanto mal já fez a este País.

É triste saber que a permeabilidade do pensamento técnico pouco é difundida no nosso País, de colonização ibérica. Digo isso em todos os aspectos da nossa sociedade, e reforço aqui, também como na política de gestão de um país, a importância do asseguramento de cunho tecnicista na análise dos prédios antigos ou novos mal construídos é essencial. Por bem, com a gestão Dilma, a técnica parece prevalecer, e, enquanto Lula faz falta no Irã, estamos por ora assegurados de que por aqui, em termos de gestão em época de crise internacional, a nossa casa não vai cair, ficando no chão, apenas por infelicidade e nossa tristeza, antigos prédios e casas vítimas de deslizamentos que já fazem parte do nosso cenário político urbano, onde a política da vista grossa ou do deixa como está impera.

Fernando Rizzolo é advogado, jornalista, mestre em Direitos Fundamentais e articulista.

Palavra do leitor

Lions
O trecho da Avenida Lions logo após as obras de rebaixamento até o viaduto da Via Anchieta está com grande parte do pavimento asfáltico deteriorada, sinalização de solo (faixas) apagada e sem iluminação. Principalmente sob a Via Anchieta, onde à noite é uma escuridão feito breu, situação esta que coloca em grande risco as pessoas que vão e vem do trabalho ou do Hipermercado Extra. Já é travessia perigosa e esta movimentada avenida se tornará via expressa com fluxo e velocidade de veículos mais intensos, elevando ainda mais o grau de risco dos pedestres. Esperamos que esses serviços tão necessários, complementares às obras, estejam sendo previstos para ser realizados a fim de evitar atropelamentos.
Charles Gomes De França Jr.
São Bernardo

Resposta
Em resposta ao leitor Gércio Vidal (Integração, dia 31), a EMTU/SP informa que em dezembro o Cartão BOM passou a ser aceito na Estação Palmeiras-Barra Funda do Metrô e da CPTM, dando início ao processo de integração do sistema metropolitano por ônibus com o metroferroviário. Em janeiro o BOM, já utilizado em todas as linhas intermunicipais da Região Metropolitana, passou a ser aceito também nas linhas do Corredor ABD (São Mateus - Jabaquara) e na Estação Grajaú da CPTM. A previsão é de que até o fim do ano todas as estações de trens e Metrô estarão aceitando o Cartão BOM. Trata-se de importante instrumento para favorecer a mobilidade urbana nas regiões metropolitanas. Somente na Região Metropolitana, o governo do Estado desenvolve projetos para 97,5 quilômetros de corredores de ônibus em importantes regiões da Grande São Paulo, que serão entregues à população até 2014.
EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos)

Dilma em Cuba
Cuba tem governo tirano e ditador, que viola todos os direitos humanos! Além da prisão de Guantánamo, sustentada pelos Estados Unidos e que ajuda manter essa ditadura absurda e financeiramente uma das famílias mais ricas e tiranas do mundo, a família Castro. Ficar em cima do muro e não usar a força política do Brasil para minimizar o sofrimento do povo cubano por ser prisioneiro de tiranos é muito mais injusto. É fechar os olhos à tirania! Não podemos nos comparar a esse regime totalmente ultrapassado e falido! A presidente ainda deixou por lá investimentos de mais de R$ 1 bilhão. Será usado para o povo cubano tentar fugir de sua prisão? Tirar a liberdade de um ser humano inocente é terrível! Pior ainda é tirar a liberdade de um povo inteiro.
José Eduardo Zago
Mauá

Acupuntura
Estive no dia 1º na UBS do bairro Mussolini, em São Bernardo, para tratamento de acupuntura. Meu número de espera era 1.489, mas ainda estava no número 1.177, e a atendente disse que só tem um médico especialista para todo o município. Excelentíssimo prefeito, até quando vamos ter que esperar? Será que o senhor acha que acupuntura é coisa de rico e pessoas mais humildes não têm direito a esse tratamento? Estamos cheio de propagandas pela cidade, mas na prática o que vemos é outra realidade! É só fazer visita às UPAs do município e constatar. As eleições estão aí e deixo a palavra com o senhor prefeito, pois, a nós, infelizmente só nos resta esperar. Só não sabemos até quando.
Marco Antonio Pereira de Souza
São Bernardo

Fanatismo
É lamentável que episódios como esse no Egito continuem acontecendo. Novamente, momento de lazer se transformou em tragédia devido ao fanatismo radical e ideológico. A cena não é inusitada para os padrões de violência que vive o povo egípcio nos últimos meses. Desde sempre o fanatismo só leva à violência e à morte sem sentido. Parece que as pessoas deixaram os conceitos de civilidade fora do estádio e se sentem em verdadeira arena dos tempos medievais. A violência no Egito saiu do estádio e foi para as ruas. Aqui no Brasil tivemos casos semelhantes ao do Egito. Isso sem falar na ginástica que a polícia faz para tentar separar as torcidas mais afoitas, como foi o que aconteceu no jogo entre Guarani e São Paulo. Porém, invariavelmente há pancadaria e, por vezes, até morte. Os clubes, e principalmente suas torcidas, têm longa história de rivalidade e de confusão. É o fim do mundo! Até quando teremos de ver jogos de futebol se tornarem praças de guerra?
Turíbio Liberatto Gasparetto
São Caetano




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