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Funcionários da Saúde recebem 13º com atraso

Somente ontem Prefeitura de Ribeirão Pires repassou a trabalhadores da Santa Casa da cidade verba para o pagamento

Vanessa Oliveira
Do Diário do Grande ABC
30/12/2016 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


 Somente ontem 112 trabalhadores da área da Saúde de Ribeirão Pires receberam os valores referentes ao 13º salário. O grupo é contratado pela Santa Casa da cidade e presta serviço para a Prefeitura, desempenhando funções – principalmente no setor de enfermagem – na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Luzia, no Hospital e Maternidade São Lucas e nos três Caps (Centros de Apoio Psicossociais) do município.

Pela lei, o pagamento do 13º salário deve ser feito em duas parcelas, sendo a primeira, equivalente a 50% do valor a que o empregado tem direito, até o dia 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro. No entanto, a administração municipal não havia feito o repasse da verba para a Santa Casa.

“Infelizmente, o atraso tem sido constante. O pagamento dos salários vem atrasando, poucos dias, mas vem. Dessa vez, atrasou mais tempo. A Prefeitura alega falta de recurso”, comentou o diretor administrativo da Santa Casa, Edinaldo Paulo dos Reis.

Pela manhã, quando a categoria ainda não tinha posicionamento sobre quando o benefício seria depositado, o SindSaúde ABC (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos Privados de Saúde no Grande ABC) fixou na porta da UPA – onde atua a maior parte dos profissionais –, diversos cartazes com o alerta “estamos em greve”. Porém, o atendimento seguia normalmente. “Sou funcionária da Santa Casa e estou trabalhando normal”, disse uma recepcionista, que preferiu não se identificar.

O movimento na UPA era tranquilo no início da tarde de ontem, quando a equipe do Diário esteve no local. A dona de casa Maria Doralice Pereira Duquesa, 50 anos, foi até o equipamento levar a ex-cunhada que, portadora de diabetes, estava passando mal. Quando chegou e viu na entrada os avisos sobre a greve, assustou-se. “Na hora que vi a placa, falei: como é que pode? Mas aí, meu sobrinho falou para entrarmos mesmo assim”, contou. “A recepcionista só perguntou se era caso de emergência e já fomos logo atendidos”, completou.

No Hospital São Lucas, os funcionários da Santa Casa também estavam trabalhando e a situação de atendimento era de tranquilidade.

A Prefeitura de Ribeirão Pires foi procurada para comentar sobre o atraso no repasse, mas não retornou até o fechamento desta edição.

 

MESMO PROBLEMA

Funcionários da Saúde de outras duas cidades da região também passaram pela situação de atraso no pagamento do 13º salário. Trabalhadores de Santo André e Mauá, contratados pela FUABC (Fundação do ABC) e que prestam serviço para os equipamentos das duas prefeituras chegaram a paralisar o atendimento como forma de protesto.

Ambos os municípios alegaram dificuldades de arrecadação para efetuar o repasse de verba à FUABC. As quitações já foram realizadas.

“Independentemente da situação em que o País se encontra, o SindSaúde ABC sempre estará do lado dos trabalhadores, defendendo o que lhes é de direito. Se teve problema na má administração, esse problema não é nosso e não podemos pagar com as consequências disso”, falou o presidente do sindicato, Almir Rogério Mizito.

 




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