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Polícia ainda não concluiu laudo sobre creche
Por Cadu Proieti
Do Diário do Grande ABC
25/02/2012 | 07:00
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Após 80 dias da tragédia que ocasionou a morte do bebê Reynan de Moraes Nascimento Cruz, 1 ano e 2 meses, os laudos que apontarão a causa do acidente ainda não têm data para serem concluídos. O prazo inicial para entrega dos documentos era de 30 dias. A criança foi atingida por revestimento que despencou do beiral de uma das paredes da Emeb (Escola Municipal de Educação Básica) Francisco Diassis Gomes Teixeira, no Parque Esmeralda, São Bernardo.

A Polícia Civil ainda não tem previsão para a finalização do laudo pericial que irá confirmar as causas que provocaram a morte da criança. A Prefeitura informou que a empresa L.A. Falcão Bauer Centro Tecnológico de Controle de Qualidade irá realizar pente-fino em todas escolas do município no intuito de identificar possíveis falhas de construção. O estudo, no entanto, também não foi finalizado.

Mesmo com a falta dos documentos, os pais dos alunos que estudam na unidade não temem pela segurança dos filhos na volta às aulas. "Não acho que terá problema. Teve vistoria, então será tranquilo. Não foi porque caiu uma vez, que vai cair de novo", afirmou Vanessa Dantas, 28, mãe da Júlia, 1 ano e 5 meses. O ano letivo de 2012 teve inicío na quinta-feira.

Lourdes Pereira da Silva, 49, que leva a neta todos os dias à escola, disse que aconselhou a filha a manter a criança na Emeb. "Até falei para ela que não é possível acontecer de novo. Este fato foi fatalidade. Nós sentimos pela família que perdeu a criança, mas agora haverá atenção maior pelo que aconteceu."

Até quem está colocando o filho pela primeira vez na unidade não teme pelo pior. "Tive a oportunidade de escolher e optei por esta creche. Acredito que a unidade terá mais segurança porque passou por várias vistorias após o acidente e isso não aconteceu com as outras. Estou confiante em deixar minha filha aqui", afirmou Carlos Vagner Godói, 33.

Antes do inicio das aulas, a direção da creche realizou reunião com os pais para passar algumas orientações sobre o sistema de Educação. O encontro também serviu para dar informações sobre as questões de infraestrutura. "A direção garantiu total segurança às crianças. Se ainda tivesse algum problema, não iriam liberar as aulas. Por isso, não vejo problema em colocar minha filha aqui novamente", concluiu Jaqueline Fernandes, 23 anos.




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