O secretário de Saúde de Santo André e coordenador do GT (Grupo de Trabalho) da área no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, Homero Nepomuceno Duarte (PT), novamente evitou falar se vai aceitar a proposta de auxílio da presidente da FUABC (Fundação do ABC), Cida Damaia, que, ao Diário, comentou sobre a possibilidade de a fundação intermediar compra de kits de diagnóstico de dengue para acelerar o combate à doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

Ontem, questionado sobre a oferta, Homero foi evasivo. “Se a parceria envolver recursos municipais não será possível. Já estamos trabalhando com uma programação, há meses, há anos. Firmamos pacto com os governos estadual e federal. Nossa parte estamos fazendo. São organizados os mutirões, aplicamos veneno nos bairros, estamos com várias atividades educativas em ação. Nossos recursos foram organizados para cumprir esse cronograma”, disse, sem adiantar se haverá reuniões para debater a proposta.

Na sexta-feira, Homero ficou irritado ao ler no Diário a oferta de Cida, que ponderou sobre a intermediação de compra dos kits, com ajuda de recursos federais, já que o Instituto Adolfo Lutz, do governo do Estado, tem atrasado o retorno sobre as notificações de dengue encaminhadas pelas prefeituras do Grande ABC. Por nota, criticou apenas a gestão estadual pelos problemas, eximiu de culpa a União e nada falou sobre a ajuda da FUABC.

Durante mutirão de combate à dengue ontem, em Santo André, Homero voltou a culpar o governo do Estado. “Mas há quatro meses eles (Instituto Adolfo Lutz) informaram que estavam com falta de kits e frearam os diagnósticos. Diante disso, não temos como erguer verba para fazermos isso (analisar as notificações) também. Não há recursos.”

A estimativa é a de que prefeituras de Santo André e de São Bernardo teriam de gastar até R$ 4 milhões para compra dos kits.

(Colaborou Tauana Marin)