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Estudantes aprovam novo formato de avaliação do Enem

Pouco menos de um mês para o exame, candidatos da região destacam ansiedade para teste nacional, que será dividido em duas etapas

Bia Moço
Especial para o Diário
10/10/2017 | 07:00
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Pouco menos de um mês para as provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), o clima de ansiedade começa a tomar conta dos estudantes que se preparam para a avaliação. Neste ano, os exames serão divididos em dois domingos, 9 e 12 de novembro, fato que agrada alunos ouvidos pela equipe do Diário. No entanto, os candidatos acreditam que a separação dos testes em humanas na primeira etapa e exatas na segunda torna a maratona mais cansativa.
O primeiro dia de avaliação abordará matérias da área de humanas como Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Redação, Ciências Humanas e suas Tecnologias. Já a segunda prova será de exatas, abordando Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias. Cada uma delas terá 45 questões.
A estudante do curso pré-vestibular do Colégio Singular Catarina Shelkovsky, 19 anos, relata que as provas já não assustam, já que a andreense, que pretende cursar Medicina, prestará o Enem pela terceira vez. O que incomoda é o novo modelo. “Quando temos uma prova mista, podemos dar pausa para a cabeça, no sentido de que se está cansado de ler, dá para trocar e fazer algumas questões de cálculo, e vice-versa. O problema é que em uma prova só de humanas ou só de exatas chega um momento em que a cabeça trava.”
Maria Clara Santos Lira, 19, divide a mesma opinião da colega. Na busca de uma boa colocação no exame nacional, ela também fará a prova pela terceira vez. Para obter resultado satisfatório, a jovem tem passado os últimos meses se dedicando aos estudos. “Desde o começo do ano tenho me preparado e estudado muito, mas nos últimos meses tenho focado apenas nisso (Enem). Faço as aulas de manhã, e depois fico aqui a tarde toda estudando. São 12 horas por dia.”
Maria Clara explica que a vontade de entrar em uma faculdade federal é o que a motiva. “Estudo inclusive aos fins de semana. Temos de estar focados e determinados.”
O futuro historiador Gabriel de Lima Recicar, 19, também dedica 12 horas de seu dia apenas aos estudos – entre as aulas do cursinho e o ensino regular, mas durante a noite e aos fins de semana prefere descansar. “Nossos professores dizem que não podemos ficar ‘bitolados’, temos de dar folga para a cabeça na mesma proporção que estudamos. Acho que se ficar só focado nisso, chega na hora a mente está muito mais cansada, portando, eu divido, mas o foco não muda nunca.”
O supervisor de vestibulares do Colégio Singular Marcel Xavier explica que o material adotado para ministrar as aulas sofreu reformulação nos últimos anos, justamente por conta do Enem. Em paralelo, o exame acabou se tornando mais conteudista, o que o aproxima de um vestibular. “A gente modelou o curso para ficar mais próximo da avaliação e o Enem acabou se transformando e ficando mais parecido com vestibular, então houve o que eu chamo de um casamento perfeito. Estudamos todas as últimas provas e desenvolvemos um novo modelo, mas vale lembrar que não perdemos o foco no vestibular. Na realidade um complementa o outro.”
“A gente diz que nesta época o vestibulando sofre de um problema chamado ‘outubrite’, pois quando chega o mês de outubro eles começam a ficar mais ansiosos e apreensivos, o que é natural. À medida em que a prova fica mais perto, acontece. O que não pode é deixar o emocional vencer um ano de trabalho duro”, alerta Xavier. 




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