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Marisa deixou dignidade e solidariedade, diz Lula

Missa de sétimo dia da morte da ex-primeira-dama, realizada ontem em São Bernardo, foi marcada por comoção

Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
10/02/2017 | 07:00
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou publicamente pela segunda vez depois da morte da mulher, a ex-primeira-dama Marisa Letícia, 66 anos. Ontem, durante a missa de sétimo dia do falecimento da petista, realizada na Igreja Matriz de São Bernardo, Lula discursou e se emocionou ao falar de dona Marisa Letícia.

“A Marisa deixou duas coisas que podem marcar a vida de quem quiser ser bom neste País. Ela deixou muita dignidade e muita solidariedade”, discursou o ex-presidente, aos prantos.

Celebrada pelo bispo da Diocese de Santo André, dom Pedro Carlos Cipollini, a cerimônia reuniu familiares de Lula, como os filhos Fábio Luís, Luiz Cláudio e o ex-vereador de São Bernardo Marcos Lula (PT), além de diversas lideranças políticas do PT e de partidos aliados, como os senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)

Os ex-prefeitos da Capital Fernando Haddad (PT) e de São Bernardo Luiz Marinho (PT) e o técnico de futebol Vanderlei Luxemburgo também estavam presentes, assim como ex-ministros dos governos de Lula e Dilma Rousseff (PT) Aldo Rebelo (PCdoB) e Gilberto Carvalho (PT).

Ladeado de familiares, Lula recebeu cumprimentos de vários correligionários e fiéis durante a missa. Ao fim da cerimônia, o ex-presidente discursou. “Eu não ia falar, mas nordestino e político não podem ver microfone que já querem fazer discurso”, disse Lula, que também falou sobre a ligação da igreja com as greves sindicais dos anos de 1970 e 1980.

“A nossa Matriz de São Bernardo tem um significado muito grande na vida do povo trabalhador dessa cidade e para o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Nas greves de 1978, 1979 e 1980, essa igreja sempre esteve com as portas abertas para acolher e para proteger os trabalhadores que eram perseguidos pela polícia. E no meio dessa gente toda estava Marisa, que junto comigo e outros companheiros organizamos o fundo de greve na casa paroquial”, relembrou Lula. “Foi aqui que fizemos muitas das nossas reuniões porque essa igreja passou a ser uma extensão do Sindicato dos Metalúrgicos (do ABC)”, emendou. “Seguramente, Dona Marisa vai fazer falta”, comentou Marinho.

A ex-primeira-dama morreu na sexta-feira, vítima de AVC (Acidente Vascular Cerebral) hemorrágico, após ficar dez dias internada no Hospital Sírio-Libanês, na Capital. 




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