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Bancos seguem Selic reduzem taxa de juros

Diminuição quase não será sentida pelos clientes; especialistas consideram que queda ainda é pequena

Por Pedro Souza
12/10/2012 | 07:00
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Dois dos seis maiores bancos que atendem os consumidores vão repassar a queda da Selic, de 0,25 ponto percentual ao ano, em seus empréstimos. Na noite de quarta-feira, o Banco Central reduziu a taxa básica de juros nacional de 7,5% ao ano para 7,25%.

O Itaú Unibanco e o HSBC informaram que o ajuste, em taxas máximas e mínimas, será de 0,02 ponto percentual nos juros mensais. "Será muito pequeno o impacto nas novas operações. Quem emprestar nem vai perceber (a diferença)", opinou o professor de Cálculo e Finanças do Grupo Ibmec Leopoldo Garjeda Fernandes.

Ele acredita que os clientes que tiverem histórico de adimplência, talvez, sejam beneficiados. "É possível que as instituições aproveitem a queda da Selic para reduzir um pouco mais as taxas da clientela tipo A, que apresenta baixo risco", explicou Fernandes.

Professora do curso de Administração da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), a especialista em macroeconomia Cristina Helena Pinto de Mello destacou que os juros no País são altos devido à grande demanda pelos empréstimos. Mesmo com os bancos repassando a queda da Selic, as taxas mais baixas são, no mínimo, quase o dobro da base de juros nacional.

Exemplo disso é o cartão de crédito que, segundo pesquisa da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), há 33 meses tem juros médios anuais de 238,30% no rotativo, contra a Selic atual de 7,25%. Desde a criação da meta para a taxa básica de juros em 1996, segundo o Banco Central, ela atingiu, no máximo, 45% ao ano.

Ontem, o Santander deu o primeiro passo para uma mudança no cenário do plástico. Para toda a sua base de cartões, cerca de 10 milhões de unidades, o banco vai cobrar 0,90% ao mês, ou 11,35% ao ano, em todas as operações de até 24 parcelas. Conforme a própria instituição financeira, o percentual médio anterior era de 3,50% ao mês.

 

 




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