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25 anos de ‘Vídeo Show’
Márcio Maio
Da TV Press
02/03/2008 | 07:10
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A equipe do Vídeo Show aproveitou a volta de Angélica de sua licença-maternidade e o aniversário de 25 anos do programa, comemorado em 20 de março, para uma edição especial do Vídeo Game.

No quadro, que vai ao ar entre os dias 17 e 21 deste mês, Ellen Jabour, Mariana Hein e Renata Ceribelli enfrentam Ana Furtado, Cissa Guimarães e Sarah Oliveira. Velhas caras se juntam às atuais repórteres, mas nem todas têm tantos motivos para ser comemorados.

Cissa Guimarães, que assume o comando do programa durante as férias de André Marques, sente falta de várias características que se perderam nessas duas décadas e meia. “O Projac fechou demais as opções de matérias. Antes eu saía, tomava chá com imortais, conversava com poetas, músicos e outros tipos de artistas”, lamenta.

O sentimento, pelo visto, é compartilhado com sua colega da época de repórter, Renata Ceribelli. A jornalista, que há oito anos faz parte da equipe do Fantástico, ficou por quase seis responsável pelas pautas do programa em São Paulo, enquanto Cissa se dedicava às matérias cariocas.

Para Renata, antes o programa não invadia a intimidade dos atores. “A gente humanizava e desmistificava os artistas, mas sem qualquer invasão. O programa ficou mais popular e hoje fica mais em cima dos bastidores das produções da casa”, opina.

Estagnação - Para o autor-roteirista do Vídeo Game, Ricardo Xavier, conhecido com Rixa, é muito difícil ousar dentro do panorama atual da televisão. Para ele, que chegou a chefiar a redação do Vídeo Show na década de 1990, quando o programa ganhou força, se tornou um produto industrial. “Não temos baixaria ou fofocas, como outros programas da tarde. Mas somos muito ‘do bem’ até porque divulgamos os produtos da casa. Isso impede um pouco na criação de novidades”, justifica.

Sarah Oliveira, a repórter que atualmente realiza as matérias de São Paulo, concorda, mas defende as tentativas de mudanças. Principalmente as próprias. “Vim da MTV, é lógico que gosto de trabalhar com música. Estou conseguindo, aos poucos, inserir um pouco mais sobre o assunto”, valoriza.

Além de tentar emplacar pautas musicais no programa, Sarah também parece concordar com Cissa Guimarães em um ponto. A jovem faz questão de frisar que, como na Capital paulista sua equipe está longe dos estúdios do Projac, as matérias acabam ganhando um tom diferente e chegam a lembrar outras produzidas nos melhores anos do Vídeo Show.

“Só que a gente não pode pirar muito. Mas dá para ir além de bastidores de cenas. Exploramos muito a cultura da cidade através das composições de personagens do elenco da emissora”, explica. Isso, é claro, quando os próprios atores não dificultam o trabalho. “Nem todos aceitam participar de matérias diferentes”, critica.

Despreocupada - Angélica, que apresenta o Vídeo Game, parece não se importar mesmo com inovações ou mudanças que tenham o objetivo de atrair mais público. Segundo ela, que é casada com o também apresentador Luciano Huck, a maior vantagem do Vídeo Show é ser fiel ao telespectador.

“As pessoas ligam a TV e já sabem que vão ver bastidores e erros de gravações. Não é importante ter mudanças ao longo dos anos, e sim dar ao público o que ele espera”, defende, com aparente ingenuidade.




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