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Executivos e legislativos da região perdem mulheres
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
02/03/2009 | 07:00
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Do mandato passado para o atual período político de quatro anos, a participação das mulheres nos executivos e legislativos da região caiu acentuadamente. Um ponto antagônico em relação ao eleitorado feminino, que consolida crescimento ano após ano.

No secretariado que terminou a gestão 2005-2008 nas sete prefeituras do Grande ABC, 30 de um total de 115 pastas das administrações eram comandadas por mulheres. A ala feminina representava 26%.

São Caetano e Diadema foram as cidades com maior índice de representatividade do gênero. No município com o maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil, metade das 16 antigas diretorias eram lideradas por mulheres. Já na cidade gerida à época pelo petista José de Fillipi Júnior, oito das 17 secretarias estavam sob responsabilidade de mulheres.

Iniciaram o mandato corrente apenas 25 mulheres, num universo de 118 secretarias, o que diminuiu para 22,9% a atuação delas nos Executivos. Os dois municípios que lideraram o ranking das fileiras femininas se mantêm na ponta no quesito gênero.

Em números brutos (diminuição de 30 para 25), do mandato passado para o atual houve queda de 16,7% na participação feminina no comando de pastas nas prefeituras.

Legislativo - No Legislativo, a queda do número de mulheres eleitas é ainda maior. Em 2004, das 106 cadeiras disponíveis no Grande ABC, 11 foram conquistadas por candidatas - o mandato terminou com 10, pois Vanessa Damo (PV-Mauá) disputou com sucesso a eleição para deputado estadual em 2006.

Já em 2008, apenas seis políticas obtiveram êxito na corrida pelas 108 vagas nas Câmaras - queda de 45% em relação ao pleito anterior. Destaque para as quatro vereadores de Diadema que foram reconduzidas ao cargo: Maria Regina Gonçalves (PV), Marion Magali Alves de Oliveira (PTB), Irene dos Santos (PT) e Maria Aparecida Ferreira (PMDB).

Eleitorado - O declínio feminino na política da região corre na contramão do eleitorado brasileiro. Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), 51,8% dos cerca de 130 milhões de eleitores registrados são mulheres - em 2008 eram 50,5%. No Grande ABC o número é ainda maior: das 1.857.534 pessoas aptas a votar no pleito de 2008, 973.777, ou 52,42%, eram do sexo feminino.




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