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Homem-bomba fere três soldados israelenses em Gaza
Por Da AFP
19/05/2003 | 11:36
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Um homem-bomba em uma bicicleta feriu levemente três soldados israelenses e morreu ao detonar uma carga explosiva na Faixa de Gaza, nesta segunda-feira. O grupo Izzedi al Qassam, braço armado do grupo extremista islâmico Hamas, assumiu a autoria do atentado e de outros três ataques ocorridos no fim de semana, que provocaram a morte de nove pessoas.

Segundo um comunicado divulgado pela milícia, Shadi Salman al Nabahin, 21 anos, do acampamento de refugiados de Vureij, morreu ao detonar uma carga de bombas na passagem de um jipe militar, nesta segunda-feira.

A onda de atentados teve início na noite de sábado, menos de duas horas antes do primeiro encontro oficial entre os primeiros-ministros palestino Abu Mazen e israelense Ariel Sharon para discutir o plano de paz para a região.

Na noite de sábado, Fuad Kawasmi, 21 anos, disfarçado de judeu ortodoxo deflagrou os explosivos que leva consigo, matando dois colonos no bairro judeu de Hebron, sul da Cisjordânia.

Na madrugada de domingo, o homem-bomba Bassem al-Takruri, 19 anos, detonou os explosivos que carregava dentro de um ônibus em um bairro da parte oriental de Jerusalém, anexada e ocupada por Israel desde 1967, matando seis passageiros israelenses e um palestino, segundo a polícia.

Outro homem-bomba, Mujahid al-Jaabari, 20 anos, deflagrou uma explosão junto a um bloqueio em Jerusalém, sem causar vítimas.

Em dois comunicados em separado, as Brigadas Ezzedin Al Qassam, braço armado do Hamas, reivindicou os quatro ataques suicidas e prometeram continuar com eles. "Prosseguiremos com a escalada de nossas operações, pois nos negamos a parar com a resistência contra a ocupação sionista", destaca o segundo comunicado.

Segundo analistas, esta escalada da violência acaba com as poucas esperanças de uma aplicação rápida do mais recente plano de paz internacional, "o mapa da paz". Desde sua publicação oficial, em 30 de abril passado, 50 palestinos e 10 israelenses morreram em atos de violência recíproca.

Além disso, Israel nega-se a adotar o plano da maneira que foi redigido e Sharon afirmou a Mazen durante sua reunião que Israel nada fará enquanto os palestinos não tomarem medidas para frear o terrorismo.

Israel vê nesta escalada uma tentativa de Yasser Arafat, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, de "sabotar" a missão de seu novo primeiro-ministro, que assumiu oficialmente em 30 de abril passado.

O Estado hebreu acusa a Arafat, bloqueado pelo exército israelense em seu quartel-general em Ramallah desde dezembro de 2001, de ter forjado "uma aliança" com os dois movimentos radicais palestinos, o Hamas e a Jihad Islâmica.

Uma vez mais Israel ameaça com a deportação do líder palestinos, mesmo que não tenha sido tomada qualquer decisão a respeito durante o conselho extraordinário de ministros na noite deste domingo.

Mas a presidência do Conselho anunciou que vai boicotar qualquer representante estrangeiro que se reunir com Yasser Arafat.




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