Os precatorianos de Santo André fizeram manifestação no Paço Municipal para tentar reabrir negociação com a Prefeitura para pagamento das dívidas. Cerca de 50 servidores estiveram nesta quinta, durante todo o dia, a espera de uma resposta do Executivo, que não veio. “Mesmo que não nos atendam, os munícipes que circulam aqui podem ver nossa manifestação”, disse o líder da Comissão dos Precatórios, Osvaldo Fagundes.

Segundo Fagundes, são quase quatro anos de movimento em Santo André, sem nenhum resultado. “Eles têm coisas mais importantes para se preocupar atualmente (escândalos envolvendo o PT) e não dão tanta importância para os precatorianos”, comenta. Para ele, a atual gestão vai empurrar o caso até onde der. “Eles estão querendo embalsamar nosso precatório”, completa.

O aposentado José Pedroso de Souza, 74 anos, acusa a Prefeitura de não querer ouvir as reivindicações. Já José Pires, 59, está com dívidas adquiridas por causa de empréstimo. Pires fez empréstimos em bancos e hoje paga prestações de R$ 900, mas recebe aposentadoria de R$ 1,4 mil.

O valor total da dívida dos precatórios trabalhistas ainda não foi contabilizado. A Prefeitura aguarda trâmites legais para avaliar o pagamento. O secretário de Finanças, Carlos Granado, não foi encontrado.

Diadema – O presidente da Comissão dos Precatórios de Diadema, João Carlos dos Santos, usou nesta sexta a tribuna da Câmara para reclamar do atraso da Prefeitura no pagamento das dívidas. “Pedimos uma CPI aos vereadores”, diz. Foi distribuida lista, durante a sessão, com o nome das 22 pessoas que já morreram sem receber os precatórios, além das que têm necessidades especiais e necessitam do dinheiro para manter tratamentos de saúde.