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Dia da Criança pode salvar vendas
Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
25/09/2006 | 22:32
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As lojas de brinquedos começam a se preparar para o Dia das Crianças. Os estoques já estão prontos para atender a demanda com aumento estimado de 5%. E para as vendas, a expectativa é de 5% até 15% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo os estabelecimentos ouvidos pelo Diário.

O índice de aumento no faturamento na data ainda é tímido, isso porque o início do ano passou por períodos de estagnação por causa de alguns eventos como a Copa do Mundo, violência e eleições. Porém, os lojistas acreditam que o Dia das Crianças seja o momento da virada para o aquecimento das vendas de fim de ano (Natal e Ano Novo).

A rede de 37 lojas de brinquedos PB Kids, com unidades em Santo André, São Bernardo e São Caetano, aguarda a chegada da data com ansiedade. A previsão é de um aumento nas vendas de 10% em relação a 2005. Por causa da influência das crianças no período, a rede também espera elevação em torno de 35% no tíquete médio, de R$ 60 para R$ 95 por consumidor.

As lojas da PB Kids reforçaram os estoques em 5% para atender a demanda, dos quais 30% são produtos nacionais e 70% importados.

Para atrair o público, principalmente as crianças, a rede investe em programação e promoções, trazendo personagens para as lojas e promovendo um concurso cultural com premiação em brinquedos e viagens.

A Hi Happy, rede de 77 lojas, com unidades em Santo André e Mauá, vai trazer mais de 300 lançamentos para o período. Segundo a empresa, o movimento do Dia das Crianças anima o setor porque aquece as vendas num semestre que é responsável por 70% das vendas de brinquedos. A data só perde para o Natal. A expectativa é de um aumento de 5% nas vendas em relação ao ano passado.

A loja de departamentos Armarinhos Fernando, com estabelecimentos em Santo André e São Bernardo, projeta um aumento de 6% no período. “É uma data muito importante porque daqui para frente, o crescimento de movimento e vendas é gradual”, afirma Ricardo Lopes, assessor de Marketing da rede comercial.

Para Lopes, a expectativa é grande porque pode recuperar o início de ano. “A eleição, por exemplo, está brecando o consumidor. Após essa definição, devemos retomar as vendas”, conta. Ele acredita que o movimento para a data deve se iniciar a partir do dia 1º do próximo mês.

O proprietário da loja de brinquedos e pelúcias J. Company, Rafael Lee, com duas unidades em Santo André e uma em São Bernardo, lembra que a Copa do Mundo de Futebol e a violência no primeiro semestre também ajudaram a diminuir o movimento no setor. “A expectativa é grande, de 10% a 15% a mais em relação ao ano passado”, diz. “O Dia das Crianças é uma prévia para o que vai sair o Natal, por isso sua importância para nós”, completa.

Procura – Assim com Lee, as grandes redes apostam nos brinquedos tecnológicos e interativos. Os produtos licenciados devem ter destaque no período. “Ursos de pelúcia que falam, interagem e produtos de filmes e desenhos têm bastante saída”, conta o proprietário da J. Company. Outras apostas são jogos eletrônicos, computadores infantis, aparelhos de mp3 e câmeras digitais, ou seja, produtos com maior tecnologia. E também os mais caros.




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