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Brasil é o sexto no ranking mundial de spam
Por Anderson Amaral
Do Diário do Grande ABC
02/03/2004 | 01:00
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  O Brasil é o sexto país em envio de spams no mundo, de acordo com levantamento divulgado semana passada pela Sophos, empresa especializada em segurança corporativa de sistemas. Segundo o estudo, o país é a origem de 2% dos e-mails indesejados que trafegam pela Internet. Os Estados Unidos, por sua vez, lideram o ranking da Sophos com uma estatística impressionante: de cada 100 spams que circulam na rede mundial, 57 são “produzidos” no país.

O ranking criado pela Sophos foi estabelecido com base em centenas de milhares de e-mails indesejados interceptados pelos especialistas da empresa durante dois dias na terceira semana de fevereiro. Além dos Estados Unidos, estão acima do Brasil na lista dos dirty dozen Canadá, (6,8%), China (6,24%), Coréia do Sul (5,77%) e Holanda (2,13%). O ranking dos dez mais também inclui Alemanha (1,83%), França (1,50%) e Reino Unido (1,31%).

A empresa lembra que o spamming é um problema de alcance mundial e que, por isso, parte dos países começa a encará-lo com mais seriedade. Os técnicos ressaltam também que uma quantidade significativa spams está sendo enviada de computadores dos Estados Unidos sem o conhecimento de seus usuários. “Alguns trojans e worms ajudam os spammers, pois fazem com que computadores de terceiros enviem spams. Mais de 30% dos e-mails não-solicitados são enviados nessas circunstâncias, o que evidencia uma coordenada aproximação entre vírus e spam”, alerta o documento da Sophos.

De acordo com outro levantamento, desta vez do Ferris Research, as mensagens indesejadas acarretam um gasto anual de aproximadamente US$ 10 bilhões para as corporações norte-americanas. Desse total, 44% é investido em infra-estrutura de TI (Tecnologia da Informação) para apagar os spams, 17% se deve ao aumento no uso de suporte técnico para a solução de problemas e 39% vem da perda de produtividade dos usuários finais.

Neste capítulo, aliás, basta somar o tempo gasto com os e-mails indesejados para se certificar da extensão do problema. Tome-se como exemplo uma empresa de 100 funcionários, que recebam em média 25 spams por dia e ganhem R$ 2,4 mil por mês (R$ 10/hora). Levando-se em conta que o tempo dedicado a cada mensagem gira em torno de 30 segundos, a empresa terá desperdiçado R$ 50 mil num ano.




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