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Motorista saca R$ 2 mil na Marechal e é morto
Por Fabiana Chiachiri
Do Diário do Grande ABC
25/01/2006 | 08:11
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O motorista Sandro Wilson Sampaio de Souza, 34 anos, foi morto com um tiro na cabeça no fim da manhã de ontem, em São Bernardo, depois de deixar a CEF (Caixa Econômica Federal), na rua Marechal Deodoro, onde havia sacado R$ 2 mil. A vítima estava acompanhada de sua mãe e da filha de 6 anos. Após balear o motorista, dois homens fugiram sem levar nada. Horas depois, policiais civis encontraram a arma utilizada no crime na esquina da avenida Faria Lima com a rua Doutor Fláquer, a poucos metros do estacionamento.

O crime aconteceu às 11h50. De acordo com testemunhas que pediram para não ser identificadas, dois homens abordaram a mãe do motorista, a dona-de-casa S.S., 54 anos, quando ela chegava no estacionamento. “O rapaz (Souza) estava pagando o estacionamento, quando ouviu a mãe gritar. Voltou para ver o que estava acontecendo e os bandidos atiraram”, disse um funcionário do estacionamento.

Policiais do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) estavam passando pela rua Marechal Deodoro quando foram avisados por populares de que uma pessoa havia sido baleada e de que dois homens jogaram um objeto na esquina da rua Doutor Fláquer com a avenida Brigadeiro Faria Lima. No fim da tarde de ontem, policiais da Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) prenderam três pessoas na favela do DER. Os suspeitos foram levados para o 1º Distrito Policial, onde o caso foi registrado como latrocínio (roubo seguido de morte), mas testemunhas não os reconheceram.

De acordo com a Polícia Militar, a área comercial da rua Marechal Deodoro e da avenida Brigadeiro Faria Lima – e arredores – são as mais críticas de São Bernardo, registrando um grande números de roubos com uso de arma de fogo. Isso se dá pelo fato de existir muitas vielas e galerias nessa região, o que facilitam a ação dos assaltantes.

Família – Parentes e amigos de Souza não se conformavam com o crime. Muitos foram até o PS Central, onde a vítima foi socorrida, oferecer consolo à mãe e à mulher do motorista. “Ele (Souza) era muito querido no bairro. Fomos criados juntos. Não tinha uma pessoa que não gostasse dele. Adorava jogar bola com a molecada na rua”, disse o autônomo Adriano Ruiz, 32 anos.

“Não acredito no que aconteceu com o meu sobrinho. Minha irmã (mãe da vítima) está inconsolável. A todo momento ela diz que poderia ter sido ela. O pior de tudo é ver a filha do Sandro dizendo ‘machucaram meu pai, ele está cheio de sangue‘. Como vamos fazer com a cabeça dessa criança?”, questionava uma das tias do motorista.

De acordo com um irmão da vítima, que pediu para não ser identificado, Souza havia sacado R$ 2 mil para acertar a documentação do veículo. “Ele saiu do banco e iria até o Poupatempo para pagar licenciamento e impostos do carro”, disse.




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