Política Titulo Ribeirão Pires
Mesmo em crise, Saulo cria 390 cargos
Por Vitória Rocha
Especial para o Diário
08/03/2016 | 07:00
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Mesmo depois de enfrentar grave crise financeira no Paço em 2015, ameaçando inclusive o pagamento de reajuste salarial, e já tendo decretado contingenciamento de 25% do Orçamento deste ano, o prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), apresentou à Câmara projeto de lei que cria 390 cargos efetivos, além de proporcionar aumento salarial para motoristas, procurador geral adjunto e procurador chefe.

Ao entrar em votação ontem em caráter de urgência, a proposta causou controvérsia. A justificativa do Paço é que os postos servem para acolher abertura de concurso público. Alguns vereadores alegaram que a matéria era quase minirreforma administrativa retalhada e que cada um dos itens deveria ser apreciado separadamente. Apesar das críticas, o texto foi avalizado por unanimidade. Poucos parlamentares tinham conhecimento aprofundado da propositura.

“Esse projeto veio em regime de urgência faz 15 dias e mais uma vez vemos problemas, porque é aquele texto três em um. Sou obrigado a, novamente, pedir que se retire essa reforma administrativa e se vote só o aumento dos motoristas, pois isso que ele (prefeito) está querendo fazer é migué”, declarou o vereador Renato Foresto (PT), que elaborou uma emenda à matéria para que se votasse apenas o aumento salarial, porém rejeitada por 11 sufrágios a seis.

A manobra a qual o parlamentar se referiu aconteceu na sessão da semana anterior, em que o chefe do Executivo enviou projeto que visava transferir verba de R$ 1,67 milhão do Ensino Fundamental, da Secretaria de Comunicação e do poder administrativo, para a Educação Infantil, “apoio administrativo” e reequipamento da GCM (Guarda Civil Municipal).

Os vereadores Eduardo Nogueira (SD) e Gabriel Roncon (PR) também foram contrários à maneira como a proposta foi apresentada na Casa. “É a segunda vez que isso acontece. Parece que a gente vai no mercado comprar um sorvete de chocolate e leva mais dois de jiló”, ironizou Roncon.

O líder do governo na Câmara, Hércules Giarola (PR), analisou que a divisão do projeto não cabia neste caso. “Ele não pode ser desmembrado, porque trata de cargos e salários. Todo início de ano temos problemas em contratar professores, por isso é necessário que se criem cargos”, alegou.  




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