Internacional Titulo
Bombas inteligentes são destaque no arsenal americano
Da AFP
20/03/2003 | 03:19
Compartilhar notícia


  Os Estados Unidos atacarão o Iraque com uma série de armas experimentadas durante a guerra do Afeganistão e outras que serão usadas pela primeira vez, como a nova versão da bomba E de microondas, que paralisa circuitos eletrônicos. Os norte-americanos esperam mostrar sua superioridade com as armas de alta precisão e com aviões, blindados e helicópteros desenvolvidos nos últimos anos.

  O Pentágono já testou uma megabomba de 9,5 toneladas, denominada Moab (Massive Ordnance Air Blast, Bomba de Explosão em Massa), ou "mãe de todas as bombas" (mother of all bombs).

 A Moab vai substituir a BLU-82 ou Daisy Cutter (cortadora de margaridas) nas ações de devastação e se unirá à bomba de penetração encarregada de destruir os abrigos subterrâneos do comando iraquiano. Todos esses materiais já foram utilizados contra os talibãs no Afeganistão.

  A bomba eletromagnética E foi projetada para destruir centros de informática através de ondas eletromagnéticas, o que permite paralisar o inimigo sem causar vítimas.  

"Visa cortar as comunicações entre Saddam Hussein e suas tropas antes que utilizem armas químicas ou biológicas", disse John Pike, diretor do centro de pesquisas Global Security. O general Tommy Franks, chefe das forças norte-americanas no Golfo Pérsico, declarou que desconhece a existência da bomba E.

  Apesar disso, admitiu o interesse dos Estados Unidos pelas "armas não letais" como as que possibilitam uma "ofensiva eletrônica" dentro de uma guerra aos sistemas de comunicação. A bomba de grafite de carbono tratado quimicamente BLU-114B ("soft bomb" ou "bomba macia"), lançada a partir de aviões ou mísseis cruzeiro, causa curtos-circuitos e deixa as cidades sem luz, e foi utilizada no Iraque em 1991.

  Em 2002, os Estados Unidos lançaram uma bomba termobárica no Afeganistão, a BLU-118S, que absorve o oxigênio dos túneis e asfixia os inimigos que se encontram em locais fechados ou subterrâneos, como cavernas e bunkers.

  Apesar da variedade de explosivos sofisticados, os especialistas afirmam que serão os mísseis inteligentes do JDAM, os cruzeiros e os blindados que irão derrubar Saddan Hussein.

Em setembro de 2002, a empresa Lockheed Martin testou com êxito no Novo México um míssil cruzeiro capaz de perfurar as superfícies mais duras: o JASSM (Joint Air-to-Surface Standoff Missile), lançado de aviões F-16, que atinge seu alvo apesar das interferências do combate terrestre.

 Os marines dispõem de um protótipo do gênero, o Dragon Eye, que pode indicar a posição de franco-atiradores no caso de guerra urbana, e contam ainda com uma bomba-robô que se desloca com um sistema de esteiras.

  A arma decisiva para o combate em terra será o blindado Abrams M-1A2 porque é veloz e atingi um alvo a partir de uma distância considerável, indicam os especialistas.

  Uma nova geração de Abrams e de helicópteros de combate Apache AH-64 Longbow aguarda para entrar em ação no Iraque com os aviões Super Hornets F-18 e Tomcats F-14.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;