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Confiança marca discurso brasileiro na Dinamarca
Por Do Diário do Grande ABC
02/10/2009 | 07:00
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"Nos dias de hoje, somente o esporte pode transformar o destino da população. Essa é a esperança de dezenas de milhões de jovens, não só brasileiros, como de toda a América do Sul. Estamos falando de um continente com mais de 400 milhões de habitantes que nunca teve a honra de receber os Jogos Olímpicos." A frase dita pelo presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e do Comitê de Candidatura Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, no lançamento da candidatura brasileira em 2008, resume o espírito da proposta apresentada pelo Rio de Janeiro para o Comitê Olímpico Brasileiro.

Sedutora pelo ineditismo continental e pela promessa de usar os Jogos como fator de transformação social, a proposta tem previsão de gastos de R$ 26 bilhões em obras, incluindo equipamentos esportivos e infraestrutura da cidade, com expansão da rede de transporte e revitalização da área portuária.

Apesar das ressalvas nas áreas de hospedagem e transporte, a proposta teve boa recepção, mas tem como desafio convencer que não repetirá os erros do Pan-Americano do Rio-2007. O maior deles, a fragilidade de seu legado esportivo-social, com instalações como o Parque Aquático Maria Lenk e a Arena Multiuso, passando a maior parte do ano sem utilização esportiva.

A recomendação do TCU (Tribunal de Contas da União) para que algumas obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que beneficiaria indiretamente os Jogos, sejam paralisadas foi um golpe de última hora na candidatura nacional, que ainda assim segue forte.

Confiança marca discurso brasileiro na Dinamarca

Depois de uma semana de lobby pelos últimos votos para garantir os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, o ministro do Esporte, Orlando Silva, demonstrou otimismo.

"Os contatos e as conversas que mantivemos mostraram que a comunidade olímpica compreendeu e incorporou a mensagem dos Jogos como instrumento para o desenvolvimento do Brasil", disse, ontem, em seu último encontro com a imprensa antes da eleição.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, também defendeu a candidatura, apesar de reconhecer que os recursos poderiam ser aplicados em outras áreas de necessidade.

"Não há dúvidas de que o País tem muitas prioridades e que esta é uma avaliação importante. Mas governar é decidir entre prioridades e é necessário definir o custo-benefício. Este projeto traz benefícios em diversas áreas, extrapola o campo do esporte."




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