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Lula x Alckmin - Nem mesmo os astros se entendem
Juliana de Sordi Gattone
Do Diário do Grande ABC
e Flávia Braz
Especial para o Diário
09/04/2006 | 08:20
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Até mesmo os astros se confundem quando o assunto é o nome do futuro presidente da República. Diferentemente do astrólogo Ivan Freitas, que aposta na reeleição de Lula, o também astrólogo Wilson Afonso Rosa aponta o tucano Geraldo Alckmin como mais forte pretendente a ocupar o Palácio do Planalto a partir de janeiro do ano que vem. E até prevê os percentuais de votação: seria 40% para Lula e 60% para Alckmin. "Essa diferença é relativa, já que ainda não se sabe quem serão os outros candidatos. Esse percentual provavelmente será alterado porque vai ser dividido entre os outros presidenciáveis", afirma.

Para Freitas, o país enfrentará fortes emoções até a eleição, em 1º de outubro. "Talvez, essa seja a campanha eleitoral mais à flor da pele que o Brasil já teve", afirma. "Será resgatado todo esse lixo de meados do ano passado até agora. Vai se tentar esfregar na cara do governo a incompetência, a corrupção, como se o PT a tivesse criado", afirma.

No entanto, o astrólogo garante que a oposição não conta com um fator surpresa. "Nesses seis meses há um forte período de ativação, que vejo no mapa astral de Lula, onde ele reage e traz à tona todas as realizações." E afirma: "Se Lula quiser ser reeleito, terá que dizer 'eu fiz, sou eu, e eu'. Mas tenho certeza de que ele vai ser reeleito. O mapa astral dele é privilegiado, ele é um líder nato, tem blindagem astrológica. Vi poucos com um mapa tão favorável. Me lembro apenas de John Kennedy", afirma.

Freitas ainda avisa: o PSDB fez a escolha errada. "Astrologicamente, José Serra estava mais favorável à disputa." Rosa, diz o contrário: "Pelos meus estudos, o PSDB fez bem em escolher o Alckmin porque o Serra começa bem, mas vai caindo com o passar do tempo. Durante a campanha, o Alckmin será um candidato que vai saber formular propostas e mostrar como elas podem ser colocadas em prática".

Embora os dois candidatos sejam nativos do signo de escorpião, há diferenças drásticas na personalidade de ambos. Para Freitas, Alckmin é paternalista no sentido pessoal. "Ele é austero, disciplinador, disciplinado. Já Lula é paternalista no sentido de defender suas ideologias, coloca todos sob suas asas, por isso teve tantos problemas no governo", analisa.

Também para Rosa o tucano aparece como um candidato calculista. "Ele é uma pessoa extremamente estrategista. Apesar de parecer um sorvete de chuchu, nos bastidores ele é terrível, é um cara bastante articulador", analisa. Outra característica de Alckmin, segundo Rosa, é a dedicação para o trabalho. "Ele é uma pessoa altamente dedicada que vai até as últimas conseqüências." Além disso, o astrólogo diz que Alckmin é bastante centralizador. "Poucas pessoas da equipe dele falam, pode reparar."

No que diz respeito à administração financeira, Rosa diz que o candidato é muito centrado e que sempre procura colocar as finanças em dia. Nesse sentido, Freitas diz que, por isso, Alckmin tem tanto medo de que surjam denúncias de desvio de verbas ou algo nesse sentido. "Pode reparar que, ao contrário de Lula, que tentou defender os companheiros de jornada, o governador licenciado logo entregou a cabeça do diretor da Nossa Caixa. Eles são diferentes", disse.

Com relação ao presidente Lula, Rosa chama a atenção para a quantidade de lacunas existentes no mapa. "As lacunas significam falta de motivação em diversas áreas. Ele é muito específico, muito detalhista", diz. Já Freitas afirma que Lula tem todos os planetas voltados para o lado superior. "Isso significa preocupação com o bem-estar comum. Mas Alckmin tem a maioria dos planetas voltados para o sentido inferior e isso mostra preocupação consigo mesmo", analisa.

Rosa fala ainda que, segundo suas análises, Lula deve ter tido uma vida muito sofrida, repleta de denúncias. "Ele deve ter hoje muitas pessoas em seu encalço. Sempre terá muita dificuldade para saber quem realmente está do lado dele", diz.

Mas para Freitas é Alckmin quem precisa se cuidar. "A análise do mapa astral para esse ano mostra que o governador licenciado terá de enfrentar inimigos declarados. As pessoas que ele acha serem confiáveis são, na verdade, as que ele não pode contar", disse.

Percentuais - Rosa, que faz mapa astral de políticos há mais de 25 anos, realizou simulações de votos em dois períodos: maio e outubro. No primeiro mês, o candidato petista estaria com uma vantagem mínima de 3,52% - 51,76% - dos votos, contra 48,24% de Alckmin. Mas já em outubro o tucano assumiria a liderança. No entanto, ele não considera o astrologicamente eleito Alckmin melhor que Lula. "Não que ele seja melhor, mas vai saber formular mais do que o outro. Isso tem uma importância muito grande para as pessoas que votam quando se convencem da imagem", diz.

Brasil - Além dos mapas dos pré-candidatos, o astrólogo Ivan Freitas fez também as previsões para o Brasil. "O país está atravessando uma fase de mudanças", disse. Ele avisou que até o fim de 2007 a impunidade chegará ao fim. "Por isso, parlamentares, aproveitem enquanto é tempo", alertou. Segundo ele, Plutão - planeta que coloca ordem nas coisas - está caminhando para a Casa que rege o Congresso. "Pelo menos por 11 a 15 anos essa situação vai acabar, principalmente essa impunidade institucionalizada." E ainda alerta: é provável que o país caminhe para o parlamentarismo. "Sei que é uma previsão ousada, mas se chegou, astrologicamente, ao limite do limite."



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