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Despachante depõe nesta terça-feira na Ciretran
Fabio Berlinga
Do Diário do Grande ABC
23/01/2007 | 00:14
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O despachante Alexandre Cafefi, proprietário do escritório IAD, na Vila Pires, em Santo André, vai prestar depoimento nesta terça-feira, às 16h, na Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) da cidade sobre a venda de renovação de CNH (Carteira Nacional de Habilitação) sem a devida prova de direção defensiva e de primeiros socorros, conforme reportagem publicada.

Cafefi deveria ter sido ouvido na quarta-feira da semana passada, mas pediu adiamento do depoimento. A justificativa foi a viagem de seu advogado. Segundo o pedido, o defensor retornaria nesta segunda-feira.

Quando procurado pela reportagem do Diário, o despachante negou que em seu escritório fosse feita qualquer tipo de irregularidade. Dias antes, porém, a reportagem, sem se identificar, foi ao IAD e pagou R$ 260 para renovar a CNH de outra cidade, sem passar pela prova obrigatória. Se o documento fosse de Santo André, esse valor cairia para R$ 150.

A Ciretran abriu processo administrativo para apurar o caso. A investigação apontou que um CFC fantasma teria sido usado para simular que o repórter tivesse feito a prova. De acordo com o delegado Fábio Sanches Sandrin, um funcionário da circunscrição deve estar envolvido na fraude. Ele não informou, no entanto, se o funcionário já foi identificado.

O CFC que atestou que o repórter passou na prova que não fez, de acordo com a Ciretran, é o Tectrans Empresarial S/C Ltda, que funcionava na avenida Bom Pastor, 935, no Jardim Bom Pastor, em Santo André, desde setembro de 1999. A empresa não poderia aplicar a prova nem emitir o certificado de aprovação já que encerrou atividades em maio de 2004, segundo Cartório de Títulos e Documentos da cidade.

Um dos sócios do extinto CFC disse que tomou conhecimento de que o nome de sua empresa estava envolvido em uma fraude por meio da reportagem do Diário. Ele negou conhecer Cafefi.

Fontes da Ciretran informaram que o nome do Tectrans está bloqueado, mas ninguém sabe dizer se o bloqueio, que, geralmente é feito pela própria circunscrição, aconteceu antes ou depois da fraude denunciada pelo jornal.

A Ciretran espera que o depoimento de Cafefi revele como o esquema era feito, bem como a quantidade de CNHs renovadas de forma fraudulenta.




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