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Chiquinho do Zaíra muda de partido outra vez
Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
05/02/2011 | 07:26
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Candidato derrotado à Prefeitura de Mauá em 2008, Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra, anunciou ontem que deixou o PMN (sigla pela qual concorreu para deputado federal no ano passado) e já está de malas prontas para outro partido nanico: o PTdoB. Esta é a segunda troca de legenda dele em pouco mais de um ano.

Quando disputou o comando do Paço com Oswaldo Dias (PT), Chiquinho, então no PSB, obteve 44% (93.382) dos votos válidos no segundo turno. No fim de 2009, curiosamente para manter a coerência em seu posicionamento político, deixou os socialistas (cuja bancada de vereadores na Câmara passou a apoiar a administração petista) e migrou para o PMN.

Em 2010, durante a corrida para a Câmara dos Deputados, chegou a declarar que o ingresso no PMN havia sido a melhor coisa que fez na vida. A euforia era em virtude da candidatura. No partido de pouca expressão, acreditou que com 40 mil votos conseguiria vencer a eleição e assegurar cadeira no Congresso Nacional. Mas, com 25.888 sufrágios, viu sua tentativa fracassar - a projeção de sua coordenação de campanha era a obtenção de 75 mil votos.

Mesmo assim, Chiquinho não culpa o ex-partido pela derrota. "Não tive nenhuma decepção no PMN. Pelo contrário. Me deram liberdade e cumpriram à risca tudo o que combinamos", ressalta, ao demonstrar gratidão especial pela secretária-geral da executiva nacional do partido, Telma Ribeiro dos Santos.

Agora o político passa por novo momento de reestruturação. Por isso, já articula com vistas à eleição municipal de 2012. No PTdoB, recebeu a missão de ser o coordenador da sigla no Grande ABC. A ficha de filiação será assinada na semana que vem.

"Terei o poder para estruturar os projetos políticos mais rapidamente", analisa, ao revelar que a reformulação do diretório da legenda em Mauá começará a ser feita logo após a oficialização de sua filiação.

 

MAIS DO MESMO

Na prática, Chiquinho do Zaíra pode ter trocado seis por meia dúzia. Isso porque tanto o PMN quanto o PTdoB possuem baixa representação no cenário político nacional e nenhuma no do Grande ABC.

Nenhum dos 108 vereadores, sete prefeitos e sete vice-prefeitos da região pertence a algum dos partidos. A representação de ambos na Assembleia Legislativa de São Paulo também é zero. Na Câmara dos Deputados, leve vantagem numérica para o PMN. São cinco parlamentares em Brasília, contra quatro do PTdoB.




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