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EUA pedem que Paquistão investigue terrorismo no Afeganistão
Por Do Diário OnLine
Com Agências
14/09/2001 | 11:54
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Os Estados Unidos pediram ao Paquistão uma série de ações para ajudar nas investigações sobre os atentados desta terça-feira. Além de pedir o uso do espaço aéreo do país vizinho ao Afeganistão, o governo americano pediu ainda investigações sobre as redes combatentes afegãs, para verificar se Islamabad defende ou não o terrorismo.

O Paquistão anunciou que apóia os Estados Unidos e que vai cooperar com as ações de combate ao terrorismo. Aliado dos americanos há muitos anos, o país dispõe em seu serviço de inteligência (ISI) de uma rede muito sofisticada de informantes no Afeganistão, que deve ser tornar acessível como prova de compromisso e boa fé com Washington.

Nesta sexta-feira, o presidente paquistanês, Pervez Musharraf, e os mais altos comandantes militares do país concluíram, após uma reunião, que irão responder ao pedido de ajuda dos Estados Unidos para capturar o terrorista Osama bin Laden. Segundo um comunicado, os líderes concluíram condenar atos terroristas e afirmaram que irão ajudar as autoridades americanas.

Nesta quinta-feira, por razões não explicadas, o aeroporto de Islamabad foi fechado de repente e as operações foram interrompidas durante mais de cinco horas. Isso logo depois de ser anunciado o pedido americano de uso do espaço aéreo local. Ao mesmo tempo, circularam boatos sobre a chegada de autoridades americanas, especialmente da CIA e da polícia federal (FBI). Uma fonte paquistanesa desmentiu estas informações, afirmando que se tratava de uma "simples exercício".

Aparentemente já começou um longo processo de negociações entre os EUA e o Paquistão para conjugar esforços na erradicação do terrorismo depois dos terríveis atentados de terça-feira contra Nova York e Washington.

O Paquistão afirmou estar de acordo, em princípio, em apoiar os EUA e ambos países entraram atualmente no detalhamento das condições, segundo fonte paquistanesa. O diretor do ISI, general Mahmud Ahmad, encontrava-se nestes últimos dias nos EUA e prolongou a estadia devido aos recentes acontecimentos.

Na quinta-feira, o secretário de Estado americano, Colin Powell, disse que uma lista de pedidos americanos tinha sido entregue ao Paquistão, que dispõe de uma vasta fronteira com o Afeganistão, e a partir de quinta-feira os controles foram consideravelmente reforçados.

O Paquistão é um dos raros países que reconhece o regime fundamentalista muçulmano Talibã. Neste país, estaria o chefe de guerra de origem saudita Osama bin Laden, considerado como suspeito na investigação sobre os ataques terroristas de terça-feira.

Os Estados Unidos pediram acesso a todas as informações relativas às redes de combatentes no Afeganistão, principalmente as ligadas a Bin Laden e sua rede de informantes, para elaborar eventuais represálias, afirmou uma fonte próxima aos serviços de inteligência paquistaneses.

Washington advertiu o Paquistão de que se não colaborar no processo "crucial" de troca de informações, não será mais "considerado como amigo e aliado", acrescentou a fonte.




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