Não houve acordo na reunião ontem entre a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e o Comando Nacional dos Bancários. Os banqueiros apresentaram nova proposta para reajustar os salários da categoria em 6,5%, índice pouco acima da oferta anterior de 4,29% que iria repor apenas a perda inflacionária dos últimos 12 meses até setembro, data-base dos trabalhadores.

A correção, no entanto, é inferior aos 11% reivindicados pelos bancários, e foi rejeitada pelos representantes dos trabalhadores. Nova reunião está marcada para amanhã.

Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região informou que a Fenaban vai consultar os banqueiros sobre a possibilidade de melhorar a oferta. De acordo com a líder sindical, uma das questões que também está emperrando o acordo é forma de pagamento, uma vez que o reajuste seria aplicado apenas para quem ganha até R$ 4,1 mil. Acima disso, seria adicionado valor fixo de R$ 266,50.

Moreira defende ainda a melhoria das ofertas referentes à PLR (Participação nos lucros e Resultados) e na fixação do piso da categoria, que passaria de R$ l.074,00 para R$ 1.180.

Os bancários estão em greve há 11 dias e têm assembleia marcada para quarta-feira. Na região, a greve já afeta 125 agências.