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FUABC rechaça notificação sobre contrato em Mauá

Requerimento faz questionamentos; entidade admite ofício da Prefeitura

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
27/03/2021 | 00:23
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A FUABC (Fundação do ABC), presidida por Adriana Berringer Stephan, negou ter recebido notificação sobre eventuais irregularidades no contrato firmado para prestação de serviço nas quatro UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) em operação em Mauá. Diante de requerimento de informações protocolado na Câmara, assinado pelo vereador Irmão Ozelito (PSC), que cobra esclarecimentos sobre o vínculo firmado no município, a entidade reconheceu o envio de ofício do próprio Paço mauaense, relatando problema considerado pontual.

Os apontamentos surgem em período delicado de agravamento da pandemia de Covid-19. A empresa que presta serviços médicos às UPAs na esfera local é a Cap Serviços Médicos Ltda, cujas atividades tiveram início em outubro do ano passado, após realização de chamamento público pelo Cosam (Complexo de Saúde de Mauá). A firma, de acordo com a Fundação, venceu o certame com valor abaixo da antiga prestadora. Segundo a entidade, a mudança “tem gerado economia mensal de mais de R$ 200 mil, totalizando R$ 2,4 milhões ao ano”. A organização não informou, no entanto, o valor integral do acordo entre as partes.

A Cap Serviços Médicos Ltda é responsável pelo gerenciamento dos equipamentos na cidade. “A Fundação do ABC nunca foi notificada sobre nenhum tipo de irregularidade no contrato. Em 9 de março, a secretária de Saúde de Mauá, Célia Cristina Bortoletto, encaminhou ofício ao Complexo de Saúde de Mauá, responsável pela contratação da empresa e pela gestão do contrato, com apontamentos específicos relacionados à assistência prestada por seis médicos, que não estariam desempenhando suas atividades adequadamente, conforme entendimento da gestão municipal. Imediatamente, o Cosam notificou a empresa acerca dos apontamentos da Secretaria de Saúde e todos os seis médicos mencionados foram substituídos”, diz trecho da nota da entidade encaminhada ao Diário.

Na sessão de quarta-feira, Ozelito registrou no documento formalizado no Legislativo denúncias e reclamações de munícipes sobre má prestação de serviços nas unidades municipais de saúde, principalmente depois do recrudescimento da crise sanitária no País e, consequentemente, com reflexos na instância municipal. O parlamentar aponta ao governo do prefeito Marcelo Oliveira (PT) críticas em relação à falta de profissionais de saúde nas UPAs e espera prolongada por parte de pacientes que aguardam por atendimento médico.

Nos bastidores, o fato da formalização do requerimento na Câmara de Mauá é encarado como espécie de movimento que seria o primeiro passo de articulação regional destinada a revelar eventuais irregularidades entre quarteirizadas e a cúpula da FUABC, sob comando atualmente da indicada de São Caetano.  




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