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Entre confusões e poderes cósmicos

Pedras espaciais fazem com que personagens se transformem em heróis na série animada ‘Kid Cosmic’

Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
07/03/2021 | 00:01
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Divulgação


Kid é um menino muito energético que tenta encontrar qualquer agitação no meio do deserto onde vive. Depois de tanto inventar histórias para se distrair sozinho, parece que seu desejo por emoção foi atendido quando uma nave espacial cai na região. Ele encontra cinco estranhas pedras coloridas que têm tudo para lhe chamar a atenção e lhe dar esperanças de que podem ter poderes especiais. É a jornada do personagem junto com as possibilidades desses itens que fazem parte do desenho animado Kid Cosmic, nova atração original da Netflix.

A primeira temporada do seriado estreou em fevereiro no serviço de streaming e conta com pacote de dez episódios, com duração média de 20 minutos para cada um. Como as tramas individuais puxam os acontecimentos do capítulo seguinte, é interessante acompanhar as aventuras em sequência para não perdes detalhes citados.

Logo no episódio de apresentação, o protagonista tenta de tudo para fazer com que uma das pedras cósmicas realize algum feito. Ele aposta na de cor verde e passa horas tentando ‘ativá-la’ de alguma maneira, até que um momento de relaxamento faz com que o garoto consiga voar. Os artefatos realmente são poderosos e sua chegada na Terra faz com que alguns alienígenas visitem o planeta atrás deles, gerando confusão típica de invasões intergaláctivas que Kid sempre viu nas histórias em quadrinhos – e as quais realmente acredita estar preparado para lidar após tantas páginas lidas.

Entre diversão e percepção de que é necessário ter ajuda para combater os vilões extraterrestres, o menino começa a montar equipe ao distribuir os anéis que montou com as pedras para figuras próximas. Entre os que se transformam em inesperados super-heróis estão a garçonete adolescente Jo (que controla portais), a pequena vizinha Rosa (capaz de ficar gigante), o velho Papa G (que faz cópias de si mesmo) e Atum, o gato vidente.

A dinâmica de Kid Cosmic brinca com toda a ideia da postura de grupo superpoderoso que une forças para combater o mal. Sendo o líder uma criança hiperativa e o resto da formação personagens que não fazem ideia do que fazer, quase todas as decisões geram problemas e os capítulos apostam justamente nesse tipo de diversão. Como diz a chamada das revistinhas fictícias que retratam as aventuras dos amigos e aparece no fim dos episódios: “Eles são os heróis..., mas eles são ruins nisso”.

Alienígenas são explorados nas mídias

Toda a ideia de contato com seres vindos de outros planetas que Kid tem vem das histórias em quadrinhos que ele costume lê – nunca detalhadas, mas o formato serve de referência para todas as ações do garoto dentro do seriado animado Kid Cosmic. O protagonista sempre cita momentos que leu nas revistinhas para tentar imaginar o que fazer com os poderes que descobre e diante da visita de extraterrestres que buscam as pedras mágicas.

Não há evidências de que criaturas do espaço realmente existam. Apesar disso, sobram contos que exploram como seriam esses visitantes ou invasores vindos de outros lugares da galáxia. As diferentes mídias abusam da criatividade para imaginar personagens, lugares, itens e situações.

De maneira geral, se pensa em uma sociedade com características pouco humanas em sua forma e com tecnologia bem mais avançada do que a existente na Terra atualmente. Acaba por ser um popular tema dentro do universo da chamada ficção científica, gênero cultural onde se inventa uma história onde se pensa sobre realidades desconhecidas e se explora as possibilidades da ciência.

Na literatura, um marco é a obra A Guerra dos Mundos, do britânico H. G. Wells. O cinema tem em Star Wars a maior saga do tipo. A animação Monstros vs. Alienígenas brinca com personagens e disputas. Grande parte dos quadrinhos tem suas páginas recheadas pela presença de ETs e Kid é um grande fã.

A presença das cinco pedras cósmicas em Kid Cosmic pode fazer com que os fãs de HQs lembrem do universo Marvel. A editora já explorou por várias vezes o potencial das joias do infinito, seis itens que representam aspectos do universo: alma, espaço, mente, poder, realidade e tempo. Nos cinemas, nos filmes dos Vingadores, o vilão Thanos juntou todas para acabar com metade do universo 




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