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Claudinho se emociona, lembra trajetória e garante mandato comprometido: ‘Foco é a cidade’

Político do Podemos administrará o município pela primeira vez

Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
02/01/2021 | 00:01
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Claudinho da Geladeira (Podemos) tomou posse como prefeito de Rio Grande da Serra para os próximos quatro anos e, em discurso emocionado, prometeu trabalhar pela evolução da cidade sem interesses pessoais. Ele estreia no cargo.

Aos 55 anos, o novo chefe do Executivo substitui Gabriel Maranhão (Cidadania), prefeito do município nos últimos oito anos. O ex-prefeito não conseguiu eleger sua então vice, Professora Marilza (PSD), para dar continuidade ao projeto governista. Maranhão não compareceu à cerimônia realizada na Câmara – a partir de agora, ele será secretário de Obras na administração do prefeito Clóvis Volpi (PL), na vizinha Ribeirão Pires.

Claudinho prometeu liderar “a maior administração que o município já teve” e disse acreditar que o diferencial será estar o mais perto possível dos moradores. “Não importa o nosso cargo, somos funcionários do povo. Fico feliz que todos aqui (vereadores) se mostraram comprometidos com o trabalho”, comentou. “Aqui (na Câmara) foi uma grande escola quando fui vereador. Em nenhum momento tive conflitos. A campanha e a discussão pessoal acabaram. O foco agora é Rio Grande”, emendou o prefeito, que foi parlamentar por três mandatos, até 2012.

Claudinho se emocionou ao recordar de sua trajetória. De Altinho, em Pernambuco, ele se diz orgulhoso em poder governar para todos e afirmou que é possível sonhar grande. “Pensar que um rapaz que consertava geladeiras virou prefeito é incrível. Provei para mim e para todo o povo que um dia podemos chegar.”

Ele lamentou que a posse não pôde contar com grande evento festivo. Por causa da pandemia da Covid-19, a cerimônia foi fechada para os empossados e restritos convidados, tendo transmissão on-line. De máscara durante todo o momento, inclusive no discurso, Claudinho mostrou preocupação com a doença. “Estamos de máscara para nos proteger e preservar as pessoas ao nosso redor. Teremos que nos reinventar no meio disso tudo.”

Segundo o novo chefe do Paço, a posse foi o segundo maior momento da vida – atrás apenas de seu nascimento. Ele contou ao Diário que deixava o evento para buscar a mãe e que planejava um fim de semana de descanso – foi embora antes da votação para a presidência da Câmara pelos próximos dois anos. Na segunda-feira, estará na principal cadeira da Prefeitura. “Será o começo. As pessoas podem me procurar, como sempre fizeram. Meu número de celular é o mesmo há 20 anos e deixo no Facebook para contato. Teremos essa união.”

Irmão da vice-prefeita, Charles presidirá o Legislativo

A Câmara de Rio Grande da Serra escolheu o estreante Charles Fumagalli (PTB) para presidente. Irmão da vice-prefeita Penha Fumagalli (PTB), Charles foi o parlamentar eleito com a menor votação – 194 votos – e vai substituir Bibinho (Cidadania) à frente do Legislativo. Charles obteve, agora, 11 adesões dos 13 colegas de casa.

“Nosso objetivo é elevar qualidade de vida dos munícipes. É ouvindo as pessoas que vamos ajudar. Não tenho pretensão nenhuma de atuar de maneira especial para o governo”, afirmou o presidente.

Agnaldo Almeida (PL) será o vice-presidente, Israel Mendonça (PDT) terá papel de primeiro secretário, Roberto Contador (Avante) fica como segundo secretário e Benedito Araújo (PSB) fecha a mesa diretora, na terceira secretaria.

Charles não foi opção unânime e alguns vereadores que pediram a palavra durante o voto fizeram comentários espinhosos. O fato de o presidente escolhido ser irmão da vice foi apontado como um dos pontos de rejeição.

Bibinho, que buscava ser reconduzido à presidência, admitiu que a definição por Charles agitou os bastidores. “Eu não tenho medo de perder. Não passo por cima de ninguém e minha caminhada é reta. Esta casa de leis precisa evoluir, seja com quem for”, discursou. Ele preferiu não votar, mas garantiu que não será oposição. Marcos Costa, o Tico (DEM), foi outro a se abster.

“Temos que saber ter um equilíbrio. Eu iria votar no Bibinho, mas estou dando confiança ao Charles. Aqui<CF51> (a Câmara)</CF> não pode ser um lugar de vaidade”, alertou Claudinho Monteiro (PTC). 




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