O Grupo Pão de Açúcar, ao mesmo tempo que confirmou nesta segunda-feira a aquisição de 60% da rede atacadista Assai, com 14 lojas, deixou claro que tem planos de expansão agressivos no novo formato.

Até dezembro, o grupo já converte dois pontos-de-venda, provavelmente das bandeiras Sendas e CompreBem, em Assai.

Em 2008 a empresa pretende abrir de 15 a 20 lojas de atacado.

“Antes da sociedade com o Pão de Açúcar, a expectativa era abrir de três a quatro lojas por ano”, disse o presidente do Assai, Rodolfo Nagai.

Em quatro anos, o Pão de Açúcar poderá levar os 40% restantes do Assai, rede que obteve faturamento de R$ 1,15 bilhão no ano passado.

O Assai, pelo contrato assinado entre as duas empresas, também tem a possibilidade de venda e compra.

A aquisição de 60% da rede atacadista custou para o Pão de Açúcar R$ 208 milhões que serão pagos em dinheiro este ano. Do total, cerca de R$ 150 milhões foram provenientes de linha de crédito e serão amortizados em três anos.

O restante virá do caixa da companhia. Pelo contrato acertado entre as duas empresas o Assai continuará na gestão do negócio.“Estávamos indo à guerra com menos armas do que nossos inimigos” disse o diretor-presidente do grupo, Cássio Casseb.

Ele explicou que esse fato ocorria porque a companhia estava fora dos três formatos considerados de maior crescimento no varejo. “Não tínhamos uma central de compras, lojas de conveniência e nem lojas de atacado.”

O Pão de Açúcar há duas semanas anunciou parceria com uma central de compras, está expandindo o formato conveniência com a bandeira Extra Fácil e agora estréia no atacado. A direção do Assai fica na gestão do negócio.