Neste domingo, o atual presidente, Leonid Kuchma, se reuniu com o Conselho de Segurança Nacional e com outros membros do governo para discutir o caso das supostas fraudes no processo eleitoral.
A oposição tenta reunir manifestantes para um ato em prol do candidato oposicionista Viktor Yushchenko, programado para segunda-feira em frente à Suprema Corte.
O primeiro-ministro ucraniano, Viktor Yanukovich advertiu neste domingo sobre os riscos de que aconteça o "desmoronamento" do Estado ucraniano.
"Se não formos capazes de preservar a estabilidade a paz, o Estado vai desmoronar, e muito rapidamente", declarou Yanukovich, em discurso pronunciado diante de um congresso de regiões pró-Rússia perto de Luhansk (leste).
"Peço que não tomem nenhuma medida radical. Quando for derramada a primeira gota de sangue, não será possível parar", acrescentou.
Em discurso realizado neste domingo em Kriev, o líder da oposição Viktor Yushchenko pediu que a Justiça tome medidas contra os "governadores separatistas" das regiões do leste e sul da Ucrânia.
"A idéia de criar territórios autônomos vem de governadores de regiões onde houve um número recorde de fraudes", acrescentou.
Protestos - Responsáveis pelas regiões de língua russa da Ucrânia anunciaram neste domingo que se reservam ao direito de realizar um referendo sobre a autonomia regional.
O anúncio foi feito após um encontro para analisar a crise política ucraniana e o possível referendo será realizado se a situação evoluir "da pior maneira", informaram as agências de notícias.
"Se um presidente ilegítimo chegar ao poder, os participantes deste congresso se reservam ao direito de adotar as medidas adequadas para defender os interesses dos cidadãos", destaca uma resolução adotada no final do encontro.
"Se a crise política evoluir da pior maneira, estaremos unidos para proteger a vontade do povo da Ucrânia e até para realizar um referendo sobre uma eventual mudança de estatuto administrativo territorial", adverte o texto.
O premier ucraniano, Viktor Yanukovich, cuja eleição para a presidência é questionada pela oposição, e o prefeito de Moscou, Yuri Lujkov, participaram do congresso das regiões de língua russa, realizado em Luhansk (leste).
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