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Leitura atenta de folhetos auxilia compra em saldão
Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
04/01/2005 | 13:06
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Os saldões-relâmpago, típicos em lojas e hipermercados no início de ano, podem decepcionar se o consumidor não fizer uma leitura atenta do material publicitário antes de sair às compras. Os descontos podem chegar a até 50% do valor do produto, porém é na palavra até que está a armadilha, segundo a chefe da Defesa do Consumidor de São Bernardo, a advogada Ângela Galuzzi. “Nesses casos, o consumidor tem de se contentar com o desconto oferecido pela loja, seja ele de 5% ou 50%. Já que é isso que a propaganda diz.”

Na segunda-feira, Fabiana e Eder Santos, de São Bernardo, acordaram cedo para conferir as ofertas de eletroeletrônicos no Carrefour Vergueiro. O casal se decepcionou quando descobriu que quase não havia oferta de televisores, aparelhos de som e DVDs com descontos convidativos como esperavam. A loja anunciou descontos de até 50% em todos os departamentos.

Quem foi em busca de vinhos e espumantes encontrou artigos 20% mais baratos e panetones pela metade do preço. “Mas nós não viemos aqui só para comprar panetones. Muitos dos preços que estão aqui hoje são iguais aos do início do mês passado. Queremos um saldão de verdade”, disse Eder.

O panfleto publicitário do hipermercado loja dizia que os eletrodomésticos, artigos de bazar e roupas poderiam ser parcelados em 12 vezes sem juros sem entrada no cartão da loja. Porém, na loja, apenas os eletrodomésticos das marcas CCE e Blue Sky constavam do saldão. As outras marcas, não faziam parte da promoção e, por isso, eram cobradas com juros na hora de parcelar. Quem chorou para levar os produtos sem juros, conseguiu comprar sem pagar o acréscimo.

O gerente da loja Vergueiro, Walmir Barbosa, reconheceu que o panfleto tinha dupla interpretação. “O texto dava duplo sentido e vendemos sem os juros ao cliente que pediu. O que não podemos é baixar todos os produtos em 50%, como alguns clientes entenderam”, justifica o gerente.

O procedimento adotado pela loja foi correto, segundo a chefe do serviço de defesa do consumidor de São Bernardo, Ângela Galuzzi. “É grave dar margem a esse tipo de confusão. O consumidor deve sempre exigir que se cumpra o prometido na propaganda.”

Outro cuidado importante na compra do saldão é não se deixar levar pelo velho impulso nas liquidações. “Impulso não tem prazo de arrependimento”, diz Ângela. Se a compra for vantajosa, deve-se examinar detalhadamente o estado do produto. “Geralmente não é possível trocar produtos comprados em saldão. Por isso é bom verificar se não há riscos, rachaduras e outros danos nos aparelhos.” 




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