Esportes Titulo No Peru
Brasil faz história no Pan de Lima

Mesmo com delegação inferior a anos anteriores, País traz na bagagem recorde de medalhas, 171, e ouros, 55; Grande ABC teve participação direta

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
12/08/2019 | 07:00
Compartilhar notícia
Wander Roberto/Divulgação Time Brasil


O Brasil encerrou ontem sua participação nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, com a melhor campanha da história. Se repetiu o vice-campeonato conquistado em 1963, no Pan de São Paulo, superou todas as outras marcas mesmo com uma delegação inferior a enviada para outras edições do evento, fechando com 171 medalhas no total, sendo 55 de ouro, 45 de prata e 71 de bronze. O título ficou com os Estados Unidos, donos de 293 medalhas: 120 douradas, 88 prateadas e 85 bronzeadas. O México fechou em terceiro lugar, enquanto Canadá e Cuba fecharam o top5.

Foram 14 pódios a mais do que o recorde anterior, alcançado nos Jogos do Rio, em 2007. Além disso, 41 modalidades conquistaram medalhas, contra 40 do evento carioca. E tudo isso com delegação de 487 atletas, enquanto há 12 anos foram 659 integrantes na delegação verde e amarela.

“O sentimento é de dever cumprido, com muito orgulho. Estamos muito felizes, conquistamos resultados que nunca foram obtidos em Pan-Americanos em medalhas. Não viemos com o número de atletas tão grande como edições anteriores e, mesmo assim, conseguimos ultrapassar tudo isso. Significa que estamos melhorando nossa qualidade”, declarou o andreense Antônio Carlos Moreno, ex-jogador de vôlei, porta-bandeira no Pan de 1975, no México, e atual coach do COB (Comitê Olímpico do Brasil).

“As expectativas eram altas, mas não tanto. A participação muito boa, a gente é sempre surpreendido para cima e para baixo. Alguns que a gente esperava medalha, não levaram, outros que não esperava, trouxeram”, afirmou Moreno, que acompanhou in loco os jogos como responsável por cinco modalidades: ginástica artística, tiro com arco, atletismo, taekwondo e boxe.

Na visão do coach, o resultado coroa o trabalho desenvolvido pelo comitê. “Hoje nós perdemos a massa que era feita pelas escolas, os nossos clubes poucos são formadores e essa missão ficou cada vez maior com o COB, que fez inúmeros projetos, trouxe consultores top para desenvolver atletas e os resultados estão aparecendo”, pontuou.

Dado apresentado ontem, após o encerramento dos Jogos, mostra que quase 40% das medalhas brasileiras foram conquistadas por atletas com 23 anos ou menos, o que aponta para um futuro promissor ao esporte tupiniquim. Além disso, das 171 medalhas, 103 foram de mulheres.

Ontem, último dia de competições, já na madrugada brasileira o time feminino de basquete conquistou a medalha de ouro ao vencer os Estados Unidos na final. O Brasil ainda conquistou sete pódios, no judô, caratê e tiro esportivo.

GRANDE ABC


Apesar de a região ter enviado apenas 19 atletas – entre nascidos e vinculados a equipes –, a região obteve 16 medalhas no Pan do Peru, sendo seis de ouro, seis de prata e quatro de bronze. Se fosse um País, teria terminado na 14ª posição do quadro de medalhas.

ESTRUTURA


Em seu sexto Pan, Antonio Carlos Moreno ainda parabenizou o Peru pela organização dos Jogos. “Nunca vi um Pan-Americano tão na medida certa. Não teve nada luxuoso, ninguém jogou dinheiro fora, as instalações são perfeitas, não dá para reclamar de nada”, concluiu o andreense.
 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;