Esportes Titulo Palmeiras é decacampeão
Título coroa renascimento de Felipão após o 7 a 1 em 2014

Técnico do Verdão dá volta por cima depois de protagonizar maior vexame da Seleção

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
26/11/2018 | 07:00
Compartilhar notícia
Reprodução/Instagram


No dia 8 de julho de 2014, Luiz Felipe Scolari, 70, entrou para a história do futebol ao comandar a Seleção Brasileira que foi massacrada por 7 a 1 pela Alemanha na semifinal da Copa do Mundo do Brasil, em pleno Mineirão. O título do Campeonato Brasileiro, conquistado ontem, é a redenção do técnico que, embora tenha no currículo o penta com o Brasil, havia sido considerado ultrapassado no País.

Felipão voltou ao Palmeiras em julho de 2018 com a missão de resgatar a autoestima do elenco mais badalado do futebol nacional. Sob comando de Roger Machado, o Verdão oscilava excelentes partidas – venceu o Boca Juniors na Bombonera, por 2 a 0, pela primeira fase da Copa Libertadores –, mas colecionava tropeços, como a derrota, em casa, por 3 a 2 para o Sport, no primeiro turno do Brasileirão.

Scolari até venceu títulos na China (treinou o Guangzhou Evergrande), mas as últimas impressões de trabalhos dele no Brasil fizeram a imprensa e parte da torcida torcerem o nariz. Após o fiasco na Copa do Mundo, Felipão treinou o Grêmio entre 2014 e 2015, sem sucesso.

Mas no Palmeiras tudo mudou. Campeão da Libertadores pelo clube em 1999, Felipão conseguiu administrar muito bem o elenco. Montou praticamente dois times para enfrentar a maratona de jogos, já que o Verdão estava bem na Copa do Brasil, na Libertadores e no Brasileirão. Nos dois primeiro torneios, mata-mata, o Alviverde ficou pelo caminho, mas no Campeonato Brasileiro, sobrou.

São 22 jogos de invencibilidade, sequência que teve início com o anúncio do retorno de Felipão. É o melhor desempenho na era dos pontos corridos – superando a marca do arquirrival Corinthians, invicto por 19 rodadas em 2017.

“As pessoas pensam que aquilo vai ficar marcado para o resto da minha vida. Não vai ficar. Trabalhei tanto tempo como jogador e técnico que eu sei discernir um momento bom de um mau. Aquele foi um momento ruim”, disse Felipão, sobre o 7 a 1. “Não sou ultrapassado. Não sou o melhor, não sou o pior, eu sou um bom técnico, tenho métodos iguais aos outros.” 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;