Diarinho Titulo Cores e sabores
O mundo das frutas

Além de gostosos, os alimentos são ricos em vitaminas, minerais e fibras, ajudando na nutrição do corpo

Por Tauana Marin
Diário do Grande ABC
21/10/2018 | 07:00
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DGABC


Pera, uva, maçã, banana, morango, melancia, abacate, mamão. O que essas palavras têm em comum? São frutas, ou melhor, apenas algumas delas dentro da infinidade de opções. Todas coloridas, cheias de fibras (que ajudam no funcionamento do intestino), minerais e vitaminas específicas. São formatos e sabores diferentes, variando dos sabores ácidos a frutas mais doces. Alguns podem até franzir o nariz para elas, mas há muitos adeptos desses alimentos que a natureza nos disponibiliza prontinhos para consumo.

A ida à feira ou ao mercado para escolher frutas com o pai é algo divertido para Mariana Pereira Aguero, 6 anos. “Desde bebê aprendi a experimentar frutas diferentes e eu gosto. Elas hidratam e nutrem nosso corpo”, ensina a aluna do Educandário Santo Antonio, de Santo André. Mariana é espelho para a irmã Letícia, de 1 ano, e a incentiva a comer bem e saudável. “Ela já fica toda feliz quando minha mãe pega uma fruta para ela comer. A Letícia também experimenta de tudo, como eu.” Em casa, a menina costuma prestar atenção na fruteira. “São alimentos que costumam estragar muito rápido. Não podemos demorar para comer.” Uma das paixões de Mariana é ir ao sítio do tio e devorar o pé de amora. “É docinha, mas mancha a roupa.”

As vitaminas provenientes das frutas auxiliam o sistema imunológico, deixando nosso corpo mais saudável, combatendo os radicais livres com os antioxidantes (importantes para manter as nossas células saudáveis e auxiliar para reprodução celular eficiente) e também contribuem para a nossa saúde muscular, pois sem essa parte de micronutriente (vitaminas e minerais) não é possível ter bom desenvolvimento e rendimento corporal. As cores diferentes garantem a variedade de nutrientes oferecidos. Dependendo da idade, a quantidade de frutas ingeridas por dia varia, mas, entre 4 e 10 anos, pode-se comer média de três a quatro frutas. O importante é sempre pedir ajuda de um(a) nutricionista para que equilibre as quantidades diárias de tudo o que comemos, conforme peso, idade e estatura.

Os lanches, entre as principais refeições, para serem considerados saudáveis, devem reunir fruta, um tipo de carboidrato (como pão) e alimento fonte de proteína, quase sempre láctea (leite).

Luiza Emy Barreiro Nakamura, 7 anos, também da escola de Santo André, não se lembra de algum dia não ter comido fruta. A alimentação colorida sempre fez parte de sua rotina e virou hábito. “Em casa eu e minha mãe sempre dividimos as frutas, tanto que nunca faltam banana, ameixa e maçã, principalmente.” Outro local que a aluna do 1º ano do Ensino Fundamental consome as frutinhas é na escola, no momento do lanche. “Manga e uva”, conta Luiza.

Para ela, incluir no seu cardápio os itens frescos traz saúde. “Comendo frutas sei que fico mais forte, ou seja, menos doente.” Com o maracujá, Luiza gosta de fazer suco. “É meu preferido.” Na escola, as meninas também aprendem sobre a importância em se alimentarem bem.

Podemos ingerir as frutas in natura, em forma de sucos, como purês, junto com outros alimentos, como o iogurte e a gelatinas, ou até mesmo como geladinhos. O que não vale é consumir apenas as frutas em recheios de sobremesa, como brigadeiro com morango, pavê de abacaxi, pêssego em calda, pois, apesar de serem gostosos, possuem grande quantidade de açúcar. E você, já comeu suas frutas hoje?

Saber escolher e lavar bem o alimento são fundamentais

As frutas, assim como outros produtos, são perecíveis,isso significa que estragam com facilidade e em poucos dias. Por isso, é preciso ficar de olho na fruteira e saber escolher os alimentos, de modo que não estraguem em um ou dois dias. Frutas amassadas ou soltando água são sinais de que estão ‘passadas’. Machucados na casca também podem revelar que o produto não está bom para o consumo.

O pequeno Heitor Almeida Giacomelli, 6 anos, de Santo André, aprendeu a ficar de olho e a tomar cuidado, por exemplo, para evitar que a fruta caia no chão e fique ruim por dentro. “Algumas podemos colocar na geladeira depois de cortadas também, como mamão, que já podemos deixar picado num pote. Isso ajuda a não estragar, a conservar”, analisa o aluno do Educandário Santo Antonio. Segundo ele, é necessário comer frutas para que o corpo “fique mais saudável e inteligente”.

Quanto à higienização das frutas, pode ser feita com uma solução chamada hipoclorito de sódio, onde é facilmente encontrada em mercados ou distribuída de forma gratuita em postos de Saúde. Nesse caso, é necessária uma colher de sopa do produto para cada um litro de água. No rótulo sempre há instruções para uso. Nessa solução deve-se colocar as frutas de ‘molho’ por 15 minutos, e depois lavar em água corrente.

No caso daquelas que possuem casca comestível (maçã, pera, goiaba) é importante, antes do processo de deixar de molho, que sejam lavadas e esfregadas com escova de cerdas macias. A banana, que retiramos a casca para comer, também precisa ser limpa, já que pode haver contaminação, alterando o sabor e a textura.
Caso não tenha o produto específico, lavar em água corrente com a ajuda de uma escovinha também ajuda. “As mãos também precisam estar limpas e devemos pedir ajuda aos adultos na hora de descascar a laranja”, explica Heitor.

Consultoria das nutricionistas Fernanda Borges Carlucio da Silva, docente da Faculdade de Medicina do ABC, e de Nathalia Helena Massa Rocha, da Policlínica Metodista em São Bernardo e da clínica FiqueNutri, em São Paulo; e com base na pesquisa Crianças Brasileiras Consomem Mais Frutas</CF>, de 2015, realizada pelo Departamento de Pediatria da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp), FMRP/USP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto), Centro de Dificuldades Alimentares do Instituto Pensi (Hospital Infantil Sabará) e pelo curso de Nutrição da Universidade São Judas Tadeu, com o apoio da Associação Brasileira de Nutrologia. 




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