Com candidatura à reeleição ainda impugnada pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), o vereador de Santo André Sargento Juliano (PSB) afirmou que, independentemente do resultado do processo, não irá mais concorrer a nenhum cargo público.

“Trabalhamos muito no primeiro turno e não sabemos o que vai dar (o processo), mas estamos otimistas de que iremos reverter a decisão do TRE. De qualquer forma, se aceitarem meu recurso ou não, essa é minha última candidatura. Não quero mais, não vou mais concorrer a nada”, disse o parlamentar, que tentava seu sexto mandato.

A candidatura de Juliano não chegou a ser aceita pela Justiça Eleitoral, uma vez que o juiz da 156ª Zona Eleitoral de Santo André, Márcio Bonetti, impugnou o projeto do socialista antes do pleito. Juliano foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa por, enquanto presidente da Câmara, ter concedido auxílios complementares ao salário dos vereadores, considerados ilegais pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado).

Ele chegou a alcançar 5.332 votos, que não foram válidos, e terminou o pleito como o terceiro mais votado na cidade. O parlamentar pediu revisão do acórdão alegando, dentre outras questões, que houve cerceamento de defesa e tratamento desigual entre os demais candidatos, mas não foi atendido.

No início do ano, Juliano deixou o PMDB e migrou para o PSB, do ex-prefeito Aidan Ravin, para apoiar o ex-chefe do Executivo e, talvez, conseguir uma vaga como vice-prefeito na chapa majoritária socialista. O projeto, no entanto, não deu certo uma vez que a Ana Glória da Silva (PSDC) assumiu essa cadeira durante a corrida eleitoral.

Antes do pleito, Juliano cogitou a possibilidade de apostar no seu irmão, Pedro, como candidato a vereador e sair da vida pública – Pedro é um auxiliar extraoficial do socialista e é figura constante no Legislativo de Santo André. Entretanto, Juliano foi convencido a concorrer à reeleição.