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Vanessa e Leonel Damo discordam sobre plano B em 2008
Sérgio Vieira
Do Diário do Grande ABC
22/12/2007 | 07:00
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O prefeito de Mauá, Leonel Damo (PV), e sua filha, a deputada estadual Vanessa Damo (PV), não falam a mesma língua quando o assunto é alternativas para a eleição municipal de 2008.

Os dois têm opiniões diferentes sobre quem deveria ser o candidato governista à prefeito na hipótese de Damo não disputar a reeleição.

O chefe do Executivo garante que, caso não esteja no páreo, apoiará o superintendente da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra (PSB). “Temos um acordo que se eu não for candidato apóio o nome dele. Combinamos isso e não acredito que o Chiquinho vai descumprir o trato”, diz Damo.

Mas o chefe do Executivo insiste que, por enquanto, não há hipótese de não tentar mais um mandato. “Se a eleição fosse hoje certamente disputaria a reeleição. A gente nunca sabe o que pode acontecer, mas a possibilidade de eu não concorrer é muito pequena”, afirma o prefeito de Mauá.

Já Vanessa, na hipótese da ausência do nome do pai na disputa, reivindica a vaga. “Posso assegurar que o PV participará da eleição municipal em Mauá. Se por alguma razão meu pai não disputar a reeleição, acredito que tenho condições de colocar o meu nome como candidata.”

Mesmo assim, ela também aposta na candidatura do pai no próximo ano. “Hoje, trabalhamos com a hipótese concreta da candidatura à reeleição do prefeito Leonel Damo. O cenário eleitoral começa a se definir em Mauá, mas é evidente que poderemos ter surpresas”, avalia Vanessa.

MOMENTO CRÍTICO - A falta de sintonia em torno de um plano de emergência visando a continuidade do poder do grupo em Mauá evidencia o momento delicado que vive Damo no meio político, principalmente após o anúncio da Frente de Esquerda, capitaneada pelo partido de Chiquinho.

Vanessa não esconde a falta de afinidade política com o socialista. Não chegam a ser desafetos declarados, mas não dividem as mesmas opiniões no campo ideológico. “Não tenho relação com o Chiquinho e seus aliados. Meu grupo político é outro”, admite a deputada.

Uma possível desistência de Damo praticamente dissolve o grupo político formado hoje para garantir a governabilidade do prefeito. Muitos governistas – que estão do lado de Damo por conveniência política – já dizem abertamente que o compromisso só será mantido se o prefeito for candidato em 2008.

E se Vanessa insistir em reivindicar a vaga, caso Damo fique de fora, Chiquinho poderá levar junto parte dos vereadores que estão do lado do governo, o que poderia provocar crise nos últimos meses da administração do prefeito. A definição, porém, de quem de fato disputará a eleição provavelmente será feita somente após o Carnaval.




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