Jogador de 1,88 m, 85 quilos, de porte físico forte e cara de mau. A primeira pergunta feita quando o vê é "quem é esse zagueiro?". Mas apesar de toda a semelhança com um beque central - à la Argel -, Alemão é centroavante e aproveita sua força para se dar bem frente aos adversários. E os sete anos jogando fora do Brasil (passou por Noruega, Alemanha, Portugal, Lituânia, Kuwait, China e Ilha de Malta) contribuíram para que desenvolvesse outras habilidades.

"Estava brincando com o pessoal que sempre tive esta característica de força e procurei aprimorar minha técnica, porque o futebol requer esta capacidade. E pelo fato de ter jogado muito tempo fora, aliei o estilo força com mobilidade para não parecer um atacante zagueiro", disse o grandalhão, de 30 anos, que é canhoto.

Dentro dessa técnicas desenvolvidas, Alemão tenta não ficar apenas fixo esperando cruzamentos para a área. "Tenho como costume dar apoio e oferecer movimentação para os meias e ser opção para servir de pivô", afirmou.

Além da experiência internacional, o atacante soma passagens por Londrina (que o revelou), Rio Claro, XV de Piracicaba, Juventus e Batatais. E depois de fazer parte de tantos grupos, sabe reconhecer quando um destes tem perfil positivo, e é o que vê no Ramalhão.

"Desde o começo todo mundo veio sabendo da necessidade de resgatar o brilho que o clube perdeu nesses últimos dois rebaixamentos (para Série A-2 do Paulista e C do Brasileiro). O que motiva é participar deste resgate, desse renascimento. Estamos trabalhando todas as valências e todos estão interessados em fazer o melhor para o ressurgimento junto com o Santo André", concluiu Alemão.