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Caninana é ligeirinha
Por Do Diário do Grande ABC
14/02/2010 | 07:30
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Andréa Iseki/DGABC


Ela não precisa de patas ou asas para ser tão rápida e ágil quanto os bichos que as têm. A caninana é ligeira! Esta serpente (cujo nome científico é Spilotes pullatus) tem pele amarelada com manchas pretas e vive do litoral do Nordeste ao Amazonas e em países das Américas do Sul e Central, além do México.

Também é chamada de cainana, jacaninã, iacaninã e araboia, dependendo da região em que é encontrada. Araboia, por exemplo, significa cobra-do-ar, em tupi-guarani, referindo-se ao modo como lança-se de cima das árvores para atacar as presas. Aliás, vive principalmente no alto da vegetação, mas pode ser vista nadando e rastejando pelo chão.

Venenosa? - Não! Ela não tem presas que injetam veneno. Sua dentição é áglifa, ou seja, os dentes da região do maxilar são pequenos e todos do mesmo tamanho. Mas torna-se agressiva ao se sentir ameaçada. Quando fica brava, costuma inchar o pescoço para parecer maior e assustar possíveis predadores.

A caninana faz parte da família Colubridae. Alimenta-se de ovos, roedores, aves, pequenos lagartos e anfíbios. O crânio, assim como o das outras serpentes, é diferente dos demais bichos. Permite que a boca abra bastante, fazendo com que consiga engolir animais maiores do que a largura do seu corpo.

Tem, em média, 2,4 m, mas pode chegar a 3 m. É ovípara; os filhotes se desenvolvem dentro de ovos, fora do corpo da mãe. Ela bota cerca de 15 ovos por vez, que eclodem, em geral, nas estações chuvosas. (Com a colaboração da bióloga Cátia Melo, do Zoológico de São Paulo)

Junte os amigos e faça a brincadeira da cobra
Cobra caninana é o nome de uma brincadeira muito legal. Quer aprender? Então preste atenção: chame os amigos, quanto mais gente tiver, melhor. Todos têm de dar as mãos. Quem está em uma das pontas será a cabeça da serpente e na outra, o rabo. A cabeça diz: "Olha a cobra caninana". Todos respondem: "Tué, tué". A cabeça fala novamente: "Ela é de cipó". E os demais: "Mordeu meu pé". Nesse momento quem faz o papel do rabo começa a correr para fugir de quem está no lugar da cabeça, que tenta pegá-lo. O legal é que ninguém pode soltar as mãos. Ao ser pego, começa tudo de novo, mas com outras pessoas nas pontas.




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