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São Bernardo planeja reciclar 10% do lixo coletado até 2016

Hoje, 2,5% dos resíduos produzidos na cidade são levados para a reciclagem; 100% das ruas serão atendidas por retirada porta a porta

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
04/12/2014 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Até o fim de 2016, a Prefeitura de São Bernardo espera reciclar 10% do lixo coletado na cidade. Hoje, cerca de 2,5% das 22 mil toneladas de lixo produzidas no município são encaminhadas para reciclagem, o que equivale a aproximadamente 520 toneladas mensais. O principal é reduzir a quantidade de resíduos enviada para aterros, o que contribui para a preservação do meio ambiente.

O aumento será gradativo. Segundo o secretário de Serviços Urbanos, Tarcísio Secoli, a meta é atingir 4% até o início do ano que vem. “Desde que iniciamos a coleta seletiva porta a porta, o volume enviado para triagem teve aumento de 177%. Antes, eram 188 toneladas por mês”, garante. Para conseguir atender à demanda crescente, nova central de separação de resíduos será inaugurada no dia 17 (leia abaixo).

Tarcísio acrescenta que aproximadamente 10% do material que chega à triagem não é, de fato, reciclado. “Isso porque tem material que é seco, mas não é reciclável. A embalagem de salgadinho, por exemplo, não se recicla, pois ainda não existe tecnologia para isso no Brasil”, explica.

Mesmo assim, o titular da Pasta ressalta que não há restrição para o envio de materiais que não sejam de origem orgânica. “Temos que facilitar a vida das pessoas e motivá-las a participar. Estamos buscando um volume elevado para conseguir fazer, de fato, a reciclagem do maior número de material possível”, salienta.

COLETA PORTA A PORTA

Na tarde de ontem, a Prefeitura realizou evento para comemorar o alcance de 100% de coleta seletiva porta a porta no município, o que começará a ser feito, de fato, a partir da próxima semana. De hoje até o dia 12, o serviço será expandido para os bairros Jardim Palermo, Chácara Inglesa, Nova Petrópolis e Riacho Grande. O Centro também será atendido, mas, diferentemente das outras regiões, onde o caminhão passa de uma a duas vezes por semana, o recolhimento será diário, em razão do alto volume de lixo produzido pelo comércio local.

O secretário informa que, em alguns condomínios, a visita das equipes de coleta seletiva também tem frequência maior. “O material não orgânico tem volume grande, que não cabe no prédio. Muitas vezes, o cidadão quer separar os resíduos, mas não consegue armazenar. Então, ele nos procura e fazemos mais que uma vez.”

De acordo com Tarcísio, a retirada domiciliar do material reciclável reduziu em 5,89% a produção diária de lixo. “Isso é reflexo da conscientização da população. Não esperávamos que fosse acontecer tão rapidamente.”

Atualmente, a equipe responsável pela coleta seletiva no município, atividade operada pela empresa SBC Valorização de Resíduos, conta com 11 caminhões, sendo oito compactadores. Além disso, quatro motocicletas são utilizadas no serviço.

Central de triagem será entregue dia 17

A Prefeitura de São Bernardo irá entregar no dia 17 central semiautomática para triagem do lixo reciclável. Atualmente, a cidade conta com dois espaços com essa finalidade, sendo que apenas um é automatizado. Com a inauguração, um dos locais, na Avenida Robert Kennedy, será desativado e a cooperativa que atuava lá será transferida para o novo galpão.

Com investimento aproximado de R$ 4 milhões, a central terá área de 3.000 m² e capacidade para triar 100 toneladas de lixo por dia.

Hoje, 110 catadores cooperados trabalham nos dois postos de separação do material reciclável. O número, entretanto, deve aumentar, segundo o secretário de Serviços Urbanos, Tarcísio Secoli. “Com a nova central, haverá crescimento da produtividade. Provavelmente vão ter que entrar com segundo turno de trabalho para poder dar conta do volume adicional”, comenta.

Como o posto terá funcionamento automatizado, o titular da Pasta garante que os cooperados terão melhores condições de trabalho. Até o início do ano passado, os catadores que serão transferidos para a central do bairro Cooperativa trabalhavam em galpão na Vila Vivaldi com operação apenas manual. O local teve de ser desativado para a realização de obras do Projeto Drenar, cujo objetivo é evitar enchentes. 




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