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Oferta de ações da Petrobras pode ser feita em etapas
05/09/2009 | 07:00
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O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, afirmou ontem que a companhia estuda fazer a emissão de ações em várias etapas para diminuir o impacto dessa negociação junto ao mercado financeiro. "É uma possibilidade que não foi descartada e pode ser viabilizada", disse. A ideia inicial era realizar a capitalização em uma única etapa, que incluiria a compra de reservas da União e a venda de ações no mercado. Barbassa disse, porém, que, se houver realmente a divisão da emissão em parcelas, isso deverá ocorrer ao longo do prazo de 12 meses a partir da aprovação do novo marco regulatório.

"Desde que façamos dentro desse prazo, a forma como vamos fazer será decidida em assembleia com os acionistas", afirmou o executivo, em evento do Ibef (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças). Segundo Barbassa, em paralelo à tramitação do projeto no Congresso, a Petrobras já está se preparando para concluir, nos próximos 90 dias, a avaliação de reservas do governo que poderão ser aportadas em seu capital.

Nesse sentido, a empresa já comunicou a ANP (Agência Nacional do Petróleo) sobre a necessidade de iniciar o processo de unitização da área adjacente à descoberta de Iara, no pré-sal da Bacia de Santos. "Já iniciamos as negociações para que a Petrobras, como operadora de Iara, seja autorizada pela ANP a perfurar nas áreas adjacentes que pertencem ao governo", explicou.

A unitização é um processo de unificação, em um mesmo contrato, de duas áreas petrolíferas em concessões diferentes. No caso de Iara, localizada junto a Tupi, as reservas "vazam" para fora da área concedida à Petrobras (65%), em parceria com a BG (25%) e a Galp (10%), invadindo um território ainda sob domínio da União. Barbassa informou que o governo, nesse caso, está sendo representado pela ANP, como previsto na atual legislação do petróleo.




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