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Projetos inclusivos da
região concorrem a prêmio

Juntas, Sto.André, S.Caetano e S.Bernardo são responsáveis
por 5 iniciativas; programas incluem pessoas com deficiência

Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
10/12/2012 | 07:00
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Santo André, São Bernardo e São Caetano concorrerão neste mês ao Prêmio Ações Inclusivas, realizado pela Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência. A primeira e a terceira cidades foram responsáveis por duas iniciativas cada, e São Bernardo por uma. São programas que incluem a participação de crianças, jovens e adultos com algum tipo de deficiência.

A premiação visa estimular a implantação de iniciativas inclusivas, além de identificar e reconhecer as já existentes. As dez melhores práticas serão premiadas em cerimônia que acontece na quarta-feira, às 18h, na sede da Secretaria, na Barra Funda.

Um dos destaques está em São Caetano, que chegou à final com os projetos Esporte Adaptado e Curso Saúde em Libras. O primeiro foi lançado em julho e tem ampliado o atendimento de crianças, adolescentes e adultos com deficiências nas modalidades esportivas individuais como atletismo, balé, capoeira, dama, xadrez, ginástica artística, ginástica rítmica, judô, karatê, natação, tênis de campo e tênis de mesa. Aproximadamente 100 pessoas participam hoje do projeto, que atende crianças a partir dos 7 anos até adultos.

Uma das integrantes é Bruna Alexandre, 17 anos. Ela é a 5ª melhor mesatenista do mundo e disputou neste ano a Paralimpíada de Londres, na Inglaterra. Natural de Criciúma, em Santa Catarina, a atleta teve de amputar parte do braço esquerdo quanto tinha três meses depois de receber uma vacina errada. A falha causou trombose e o membro precisou ser retirado. Há um ano em São Caetano, onde foi transferida da Capital para dar continuidade aos treinos, a atleta ainda sente saudades da família, mas é recompensada pelo esforço. Os trabalhos acontecem na Associação de Tênis de Mesa de São Caetano, no bairro Oswaldo Cruz. "Está valendo a pena. Tenho vários técnicos, o preparo físico é ótimo e os treinos são puxados. São Caetano é muito forte nessa estrutura. Não tem comparação com outros lugares que treinei", diz Bruna, que divide apartamento com outras duas atletas no bairro Boa Vista.

Por ano, ela realiza dez viagens internacionais. Todas compõem fases preliminares que classificam para o campeonato mundial juvenil olímpico. Neste ano, a competição ocorre na Índia, para onde a atleta embarcou na quinta-feira à noite.

Orgulhosa com o desempenho dos participantes do projeto, a secretária da Pessoa com Deficiência, Lilian Cristina Fernandes, projeta melhorias aos beneficiados. "Queremos ampliar para as modalidades coletivas", adianta. Enquanto isso, o objetivo é estimular a prática. "As pessoas, deficientes ou não, precisam se conscientizar do ganho para a saúde, dos benefícios ao sistema cardiorrespiratório e do aumento da qualidade de vida que o esporte proporciona."

SAÚDE EM LIBRAS 

Outra beneficiada com as ações da Pasta é a deficiente auditiva Edna Silva da Cunha, 46. O projeto Saúde em Libras, o segundo que concorre ao prêmio por São Caetano, hoje funciona em todos os postos de Saúde da cidade. Pelo menos um dos funcionários de cada unidade está capacitado para identificar a linguagem dos sinais e fazer atendimento ao usuário. "Sempre que precisava ir ao médico marcar uma consulta ou mesmo passar pelo médico, tinha a necessidade de levar um acompanhante", afirmou a integrante do projeto, que concedeu entrevista por meio de intérprete.

Sto.André traz adaptação para cadeirantes

Em setembro de 2011, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais da Prefeitura de Santo André desenvolveram o projeto Facilitando o acesso às Tecnologias Assistivas para pessoas com deficiência. Esse é um dos programas da cidade que concorrem ao prêmio do governo estadual.

O trabalho proporciona a dependentes com sequelas neurológicas da rede pública de Saúde equipamentos de tecnologia assistiva, tais como cadeira de rodas, carrinho para bebês, bebê conforto e posicionadores com acesso imediato e personalizado, respeitando as condições clínicas do paciente. A ideia é adequar o posicionamento no equipamento e facilitar atividades diárias.

O segundo projeto da cidade, denominado Promovendo a Inclusão, é de autoria da Coop (Cooperativa de Consumo) e consiste na contratação e treinamento de funcionários que apresentem qualquer tipo de deficiência.

São Bernardo, que será representada com um projeto, concorre ao prêmio por meio da Avape (Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência). O programa Rede Avape, apoiado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) visa permitir que instituições de diversas regiões do País sejam selecionadas para operar como licenciadas Avape. O objetivo é ampliar ano a ano o atendimento de deficientes nas áreas de reabilitação clínica e profissional.

Na terceira edição do prêmio puderam se inscrever representantes da gestão pública e de instituições não governamentais sem fins lucrativos. As dez melhores práticas inclusivas ganharão o troféu, placa de menção honrosa, difusão em publicação impressa e divulgação pela internet. Mais informações pelo site http://pgsp.sedpcd.sp.gov.br.




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