Há quem não concorde com clássicos fora da Capital. Penso como essa turma apenas nos jogos decisivos, em finais ou semifinais.

Durante competição como o Campeonato Paulista, que em sua fase de classificaçã, traz pouca atração para o torcedor de São Paulo, os clubes grandes podem arrecadar mais mandando suas partidas em cidades como Presidente Prudente. Lamento apenas que Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Bauru e outras sedes de regiões importantes do Interior não pleiteiem esses jogos.

É alegria ver as arquibancadas cheias e o povo do Interior ter a oportunidade de acompanhar de perto grandes jogos do futebol brasileiro. Quero ressaltar que ainda assim fiquei decepcionado com a renda de domingo. Poderia ser bem maior.

O jogo de Prudente foi muito bom. Seis gols e alternâncias de bons momentos dos times. Palmeiras e São Paulo estão se entrosando e mostrando que poderão fazer belo Brasileiro. E vão para decidir a Copa do Brasil.

Os dois técnicos, apesar dos problemas de suspensões e contusões, têm conseguido rendimento elogiável.

PARABÉNS AO ÁRBITRO

Fiquei com vergonha do jogo violento mostrado pelo Comercial contra o Santos na semana passada. A mesma repugnância deve ser sentida contra treinadores que mandam bater e a jogadores botinudos de outras equipes que enfrentam o Peixe. O que estão apelando com Neymar & cia é uma vergonha.

Futebol não é isso! Se não puder ganhar na bola, aceite as limitações e não apele para a violência.

Os árbitros têm se mostrado lenientes com a situação. Exceção e elogio devem ser feitos a Marcelo Rogério, que expulsou no sábado três jogadores da Ponte Preta - Guilherme, Cicinho e Renato Cajá.

Violência se combate com punição e orientação.

INABILIDADE

Foi desnecessária a declaração de Andrés Sanchez, negando na quinta-feira a liberação de Lucas para o clássico contra o Palmeiras. Sua vontade acabou vencida pela força do Vasco da Gama, que pediu para a CBF a liberação de Dedé para a decisão da Taça Guanabara contra o Fluminense.

Essa é a verdade! Lucas jogou contra o Palmeiras porque Dedé enfrentou o Fluminense. O pedido da Federação Paulista acabou sendo apenas coincidência.

O diretor de futebol da CBF ficou mal na fita, porque não levou em consideração que em boca fechada não entra mosquito.

Na posição que se encontra, Andrés precisa tomar cuidado. Coisa que ele pouco fazia quando presidia o Corinthians.

Márcio Bernardes é âncora da rede Transamérica de Rádio e professor universitário. www.marciobernardes.com.br