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Morando reconduz Gago à chefia da Faculdade de Direito

Atual diretor ficará mais quatro anos à frente da instituição em meio ao polêmico processo de reestruturação

Raphael Rocha
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
31/12/2020 | 00:33
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Denis Maciel/DGABC


O prefeito reeleito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), avisou que vai reconduzir Rodrigo Gago ao cargo de diretor da Faculdade de Direito, para cumprir mandato para os próximos quatro anos.

A indicação foi confirmada pelo tucano durante o anúncio do secretariado, na tarde de terça-feira. Gago estava na lista tríplice de nomes escolhidos pela comunidade acadêmica. “É o nosso diretor nos últimos quatro anos. E por indicação da lista tríplice, eu já o comuniquei oficialmente, vai continuar e será nomeado junto com os demais secretários.” Gago, que assumiu a função em 2017 e ficará até 2024, estava na cerimônia oficial, realizada no salão nobre do Paço.

A recondução acontece em meio ao polêmico projeto de lei, de autoria de Morando, de mudança estrutural na Faculdade de Direito. A proposta, aprovada neste mês pela Câmara, envolve a alteração do regime da instituição, de autarquia para empresa pública, vincula o orçamento ao da Prefeitura e abre caminho para criação da escola de administração, setor que abarcaria a oferta de cursos além da área jurídica. O passo administrativo foi alvo de críticas de alunos, ex-estudantes e professores, que organizaram manifestações contrárias à proposta. Em ação movida pelo diretório do PT estadual, presidido pelo ex-prefeito Luiz Marinho (PT), a Justiça concedeu liminar para suspender os dois principais artigos da lei. O PSL são-bernardense, liderado pelo vereador e ex-prefeiturável Rafael Demarchi, também acionou o Poder Judiciário contra a matéria.

Morando disse que não haverá privatização da Faculdade de Direito. “(Esse debate) Faz parte do processo democrático. Conversei com o doutor Rodrigo Gago, a Câmara entendeu que podemos deixar a faculdade maior, com mais cursos. Está aí a nossa motivação em transformar em empresa pública. A faculdade está assegurada por lei, garanto que não tem margem ou risco de cessão, parcial ou total, para a iniciativa privada. A faculdade seguirá 100% pública”, discorreu o tucano.

Acerca do embate judicial, Morando evitou polemizar. “Houve uma decisão judicial, algo absolutamente normal no dia a dia de uma administração pública, e vamos recorrer. Temos a convicção de que a faculdade pode deixar legado maior, não apenas em direito, mas em outros cursos.”

Morando, entretanto, não discorreu sobre o uso de recursos do fundo de reserva da instituição. A faculdade dispõe de R$ 65 milhões em caixa. 




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