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Morte por Covid registra alta pela quinta semana

Total de óbitos nos últimos sete dias foi de 124, média de 17,7 por dia, a maior desde o pico da pandemia, em julho

Flavia Kurotori
Do Diário do Grande ABC
20/12/2020 | 00:26
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Denis Maciel/DGABC


Pela quinta semana seguida, o Grande ABC encerrou com alta das mortes causadas pelo novo coronavírus. Nos sete dias encerrados ontem, foram 124 falecimentos, média de 17,7 diariamente. Trata-se do maior número desde o período entre os dias 19 e 25 de julho, quando a região contabilizou 151 óbitos, cerca de 22 a cada 24 horas. Chama atenção que, na ocasião, todo Estado de São Paulo estava no primeiro pico da pandemia. O Diário considera números dos boletins epidemiológicos divulgados diariamente pelas prefeituras.

Contabilizando os casos, houve a confirmação de 3.999 diagnósticos na última semana, média diária de 571,2. Outro dado que tem alertado sobre o avanço da Covid-19 nas sete cidades é o número de internações, que cresceu 21% – de 1.048 para 1.264 hospitalizações – entre 18 de novembro e sexta-feira, de acordo com a SP Covid Info Tracker, plataforma de monitoramento da pandemia desenvolvida pela USP (Universidade de São Paulo) e pela Unesp (Universidade Estadual Paulista).

Em relação à taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), na sexta-feira, era de 60,5% em Santo André, 71% em São Bernardo e 48% em São Caetano. Em Diadema, a Prefeitura não separa o percentual das vagas de enfermaria e de UTI, informando apenas que a ocupação geral é de 37%. Mauá não divulga a informação em sua atualização diária, enquanto Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não contam com unidades de terapia intensiva.

“Os indicadores de óbitos e ocupação de leitos de UTI estão evoluindo de forma muito rápida e a população parece não estar agindo de forma repeitosa”, assinala Paulo Rezende, infectologista e diretor do Hospital Santa Clara. Exemplo é a aglomeração observada em áreas comerciais das cidades, sobretudo com a aproximação do Natal.
Inclusive, neste período de festas, especialistas salientam a importância de manter o isolamento físico. “A grande maioria da população ainda está suscetível ao vírus, então, as recomendações não mudam. É preciso manter o distanciamento, a etiqueta respiratória e o uso de máscara o tempo todo, sem deixá-la no queixo”, reforça José Branco Filho, infectologista do Grupo Leforte e da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente).

Em sinergia, Rezende aponta que caso a população relaxe com os cuidados, há risco de ocorrer “demanda descomunal de casos, podendo estrangular os serviços de saúde e vagas em UTI” em meados de janeiro. “As famílias precisam entender que todas estas medidas precisam ser respeitadas de forma bastante rigorosa nas festas de fim de ano. Evitar aglomeração deve ser a regra”, completou o especialista.

ATUALIZAÇÃO DIÁRIA
O Grande ABC registrou 11 mortes pela Covid nas últimas 24 horas, totalizando 3.343. Nove foram em Santo André e duas em São Bernardo. São Caetano não registrou nenhum óbito e as demais cidades da região não divulgaram os números. Também foram mais 278 casos confirmados de infecção pelo vírus, totalizando 95.107 desde o início da pandemia, em março.

Já o Estado tem 45.029 óbitos e 1.384.100 casos confirmados do novo coronavírus. As taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 67,5% na Grande São Paulo e 61,9% no Estado. O Brasil registrou novos 50.177 casos de infecção, totalizando 7.213.155 positivados. Foram 706 mortes nas últimas 24 horas, chegando a um total de 186.356 fatalidades desde o início da pandemia. 




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