Setecidades Titulo Por atrasados
Docentes e administrativos da
Metodista mantêm estado de greve

Funcionários cobram acerto dos salários de novembro até o dia 28

Flavia Kurotori
Do Diário do Grande ABC
08/02/2020 | 00:01
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Funcionários da Universidade Metodista de São Paulo, em São Bernardo, optaram por manter o estado de greve em assembleia realizada ontem. Docentes e auxiliares administrativos irão aceitar a proposta da instituição, feita no último dia 29, sob a condição de que todos recebam os salários de novembro e o vale-transporte de fevereiro até dia 28. 

A proposta apresentada previa parcelamento em oito meses, a partir de maio, dos salários atrasados desde novembro, 13º salário e férias, além de regularização das remunerações deste ano. Os colaboradores chegaram a enviar contraproposta no dia 30, mas a instituição não aceitou.

Conforme a Metodista informou ao Sinpro ABC (Sindicato dos Professores do ABC) e ao Saae (Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar), 62 colabores ainda não tiveram a remuneração de novembro depositada. Considerando os três campi (Rudge Ramos, Planalto e Vergueiro) e o Colégio Metodista, são cerca de 350 professores, fora trabalhadores de outros setores. 

As categorias também aprovaram assembleia permanente, ou seja, caso a instituição de ensino superior não cumpra o acordo até o último dia útil deste mês, todos os funcionários irão paralisar no dia 2 sem a necessidade de nova votação. Greve não está descartada caso os salários de 2020 passem a atrasar. 

No ano passado, professores da universidade e do colégio chegaram a fazer greves que duraram pelo menos dez dias cada. Ambas situações encerraram após acordo da Justiça do Trabalho. Entretanto, Edilene Arjoni, presidente do Sinpro ABC, lembrou que a instituição descumpriu todas as determinações do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) e do MPT (Ministério Público do Trabalho). Assim, os funcionários encaminharão nota de repúdio ao MPT cobrando providências.

O acordo não inclui as multas por atraso, a dobra de férias (quantia paga quando os valores do recesso remunerado não são pagos em dia) e o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que não é depositado desde 2015. “Segundo a Metodista, houve avanço na negociação com a Caixa e até março será fechado acordo de parcelamento para quitação do fundo de garantia”, afirmou Edilene.




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