Contratado no início da temporada como principal esperança de gols do Santo André na Série A-1 do Paulista, o atacante Gílson Batata pede paciência à torcida do Ramalhão para que possa voltar a balançar a rede, coisa que ainda não fez nos seis jogos disputados pela equipe no Estadual. O jejum já é o mais longo da carreira do jogador, que não se lembra em seus 14 anos como profissional de ter ficado tanto tempo sem marcar. Mas, segundo ele, o baixo rendimento em campo tem uma explicação: sua nova função tática. A exemplo do atacante Evair (Coritiba) e de outros artilheiros, Gílson deixou de ser um matador para se tornar um garçom.

“Os torcedores não reparam nisso. Como sou um atacante, eles querem que eu marque muitos gols, independentemente de como esteja jogando em campo, e as coisas não são bem assim”, disse Gílson Batata, revelado pelo União Barbarense, clube que também disputa a Série A-1 do Campeonato Paulista.

O atacante tornou-se um pivô. “Se repararem bem no meu posicionamento, vão ver que agora jogo de costas para os zagueiros. Faço as tabelas para que meus companheiros possam ficar de frente para o gol”, afirmou. “Isso, sem dúvida, prejudica a minha finalização. Mas, fazendo os gols ou não, quero ajudar o Santo André a conquistar vitórias.”

Gílson Batata deve ser uma das novidades da equipe na partida contra o Botafogo, domingo, no Bruno Daniel. Ele entrou apenas no segundo tempo do jogo contra o Rio Branco, no último sábado, em Americana, por opção tática do técnico Luiz Carlos Ferreira, mas deve ser titular contra o tricolor interiorano.

Nesta quarta-feira, o elenco treinou em dois períodos na Estância Santa Luzia, em Mauá. Além de Gílson Batata, o zagueiro Lica, o lateral Da Guia e o meia Jean Carlo devem estar à disposição do treinador, já que estão recuperados de contusão. Dinei, que cumpriu suspensão na última rodada, ficará como opção para Ferreira durante o decorrer do confronto.