Memória Titulo MEMÓRIA
Apoio a Goulart em São Caetano
Por Ademir Médici
06/11/2018 | 07:00
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“Na hora de votar, o meu Rio Grande vai jangar: é Jango, é Jango, é o Jango Goulart. Pra vice-presidente, nossa gente vai jangar; é Jango, Jango, é o João Goulart.”

Do jingle de João Goulart, candidato a vice-presidente da República em 1960.

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Dezoito de setembro de 1960. Realiza-se no Jardim Primeiro de Maio, em São Caetano, comício a favor da candidatura João Goulart a vice-presidente da República. A notícia foi publicada pelo News Seller, hoje Diário do Grande ABC.

Entre os oradores, Mario Coleone, presidente do comitê nacionalista e do diretório de São Caetano do PSB (Partido Socialista Brasileiro); Pedro Daniel de Souza, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil; Nilo Ribeiro de Figueiredo, vereador e coordenador do movimento Jan-Jan (de apoio a Jânio Quadros-João Goulart); Miguel Jorge Nicolau, representando os comunistas; coronel Joaquim Gouveia, representando João Goulart.

Neste mesmo Jardim Primeiro de Maio, dias antes, houve comício de Luiz Carlos Prestes, de apoio ao marechal Henrique Teixeira Lott. E no comício de 18 de setembro o orador Lázaro de Campos elogiou Adhemar de Barros, mas pediu os votos dos ademaristas para Lott. O mesmo Lázaro criticou Anacleto Campanella por este ter pedido votos para Fernando Ferrari (PDC), gaúcho, outro candidato a vice-presidente da República. A campanha avançava.

PEDRO DANIEL DE SOUZA

Anos depois, em 1979, o entrevistamos. Identificou-se como pedreiro aposentado, 68 anos, natural de Milagres, Ceará. Em São Caetano, participou da inauguração do Sindicato da Construção Civil. Tornou-se o primeiro presidente, em 1954, quando não tinha experiência alguma no sindicalismo. Pelos anos seguintes, participou ativamente do movimento sindical. Foi preso e torturado. Sua última prisão, em 1975, fez com que permanecesse detido quase três meses no Codi (Destacamento de Operações de Informação), órgão subordinado ao Exército.

Diário há 30 anos

Domingo, 6 de novembro de 1988 – ano 31, edição 6903

Manchete – Sarney (presidente da República) ameaça demitir quem não trabalhar pelo sucesso do pacto social
Da parte governamental, o compromisso era o de não aumentar os preços dos seus bens e serviços em índices superiores a 26,5% em novembro e 25% em dezembro.
Da coluna Seu Orçamento: garantias do pacto são breves inflacionárias.
São Caetano – Prefeitura inaugura a maior área de lazer da cidade, com seis quadras esportivas no antigo Buracão da Cerâmica, que passa a se chamar Centro Recreativo Cerâmica.
Nota – Nos anos seguintes, o espaço passaria a servir ao atual gabinete do prefeito, com a construção do Palácio Cerâmica.

Hoje

- Dia Nacional do Riso
- Dia Nacional do Amigo da Marinha do Brasil

Santos do Dia

- Bem-Aventurada Bárbara Maix (Viena, Áustria, 1818 – Rio de Janeiro, 1873). 
Fundadora da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Jesus.
Beatificada em 6 de novembro de 2010, em Porto Alegre.
- Demetriano
- Leonardo de Limoges, Limosino e/ou de Noblac (França 491-545)

Municípios Brasileiros

Celebram aniversários em 6 de novembro:

- No Pará, Altamira
- No Paraná, Antonina
- Em Santa Catarina, Antonio Carlos e Governador Celso Ramos
- No Rio Grande do Sul, Arroio do Tigre
- No Ceará, Morrinhos
- Em Minas Gerais, Poços de Caldas, fundado em 6-11-1872.

Fonte: IBGE

Interação com Facebook
 

‘Robin e o camundongo’
 

Nesse ponto mamãe era chata. Não podia me ver lendo gibi, logo me pegava no pé. O Tocha Humana e seu amigo Centelha, por exemplo, estavam a fim de dar um cacete no Homem Caveira, eu lá no fundo do quintal em baixo do pé de ameixa, me divertindo à beça, e dona Maria abre a janela do quarto e grita:
– O menino, fica aí perdendo tempo lendo essas bobagens. Não tem lição de casa, não?
Da crônica de Lourenço Diaféria publicada pelo Diário em 6 de novembro de 1988 e transcrita agora, na íntegra, no Facebook da Memória – acessem o endereço acima.
 

Em 6 de novembro de...

1918 – José Laurito falece em Ribeirão Pires. Filho de Vicente Laurito. Irmão do médico Felício Laurito, futuro prefeito de São Bernardo.
- A marcha da gripe espanhola: registrados 7.496 casos novos na Capital, com 788 altas e 188 óbitos.
- A guerra. Do noticiário do Estadão: os sociais-democratas da Alemanha exigem a abdicação do kaiser, Guilherme II; o rei Boris, da Bulgária, fugiu para Viena.

SUGESTÃO
“Sugiro que você coloque outras informações ocorridas em 1918 e não apenas sobre a gripe espanhola. Acho que já estou com essa gripe de tanto ler. Será que em 1918 não aconteceram outras coisas além dessa gripe?”
Arlindo Ribeiro, jornalista de Diadema

Nota da Memória – Senhor Ligeirinho. A Guerra Mundial e a gripe espanhola foram os acontecimentos mais focalizados pela imprensa há 100 anos. Memória tem trazido tópicos da Primeira Guerra desde a sua eclosão, em 1914. E agora acompanha o surto da gripe, que ceifou milhares de vidas, com muitos casos na região.
O tema é raramente focalizado pela historiografia do Grande ABC. O semanário O Município de São Bernardo, editado em Santo André, tornou-se, na prática, o primeiro jornal diário regional ao preocupar-se em enviar boletins periódicos aos jornais de São Paulo sobre esta grave situação da Saúde pública vivenciada pelos nossos antepassados.
Registrar, passo a passo, o drama dos vitimados, dos médicos e enfermeiros locais que também foram vítimas da gripe, é uma forma de colocar na história do Grande ABC tão trágico acontecimento. É também uma homenagem aos jornalistas locais de um século atrás que, com meios rudimentares, ofereceram uma cobertura que deveria encher de orgulho toda a categoria nestes tempos de internet.
Jornalistas, médicos, enfermeiros – eles foram grandes em 1918, e merecem toda consideração. Sem piadinhas, por favor.
1968 – Cooperativa de Consumo dos Empregados da Volkswagen inaugura sua nova sede, na Rua Alferes Bonilha, 90.
1973 – Acidente com elevador na Rua Rio Branco, em São Bernardo, provoca a morte de um operário e ferimento em outros cinco.
 




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