Política Titulo No 2º turno
Petistas da região declaram apoio a Márcio França

Posicionamento, porém, ainda não é decisão oficial do PT, que ficou em 4º no pleito estadual

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
12/10/2018 | 07:00
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Petistas de Santo André e de São Bernardo declararam ao Diário apoio particular à candidatura à reeleição do governador Márcio França (PSB), na disputa direta contra o ex-prefeito paulistano João Doria (PSDB) neste segundo turno.

O posicionamento, porém, não diz respeito à posição oficial do PT estadual, que ainda não anunciou oficialmente como se comportará na fase derradeira da disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. O candidato do partido, o ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho, ficou em quarto lugar, com 12,66% dos votos válidos (2,5 milhões de adesões). França, por sua vez, tem rechaçado qualquer sinalização do petismo.

“O PT oficialmente ainda não se posicionou, mas eu costumo sempre tomar minhas decisões. Não é a minha praia ficar neutro e neste segundo turno eu vou apoiar o Márcio França”, afirmou o vereador Luiz Ferrarezi, de São Bernardo. “O PT tem um alinhamento histórico com o PSB. Eu particularmente não faço política em crítica a uma determinada pessoa. Gosto de ser propositivo. Então, apoio o Márcio por conta do alinhamento com o PSB”, emendou.

Também parlamentar de São Bernardo, Ana Nice (PT) adotou cautela sobre cravar apoio a França, mas disse ter “dificuldades” em caminhar com o PSDB. “O partido ainda não decidiu (como seguir no segundo turno). Não sei qual será o posicionamento do partido, mas particularmente eu tenho dificuldades em apoiar o PSDB. Acho que é um retrocesso a continuação da gestão do partido em São Paulo.”

TRANSFERÊNCIA

Ex-prefeito de Santo André e atual coordenador do PT na região, Carlos Grana evitou falar sobre apoio do PT como partido. A situação, segundo o coordenador regional da sigla, caberia à direção estadual, presidida por Marinho. “Não cabe interferência (regional). Pessoalmente, considero que o voto (dado a Marinho, no domingo) vai migrar em peso para a candidatura do Márcio. Isso porque o Doria tem discurso de ódio inescrupuloso, e não tem moral para isso. Queria ser candidato a presidente, depois recuou, e traiu, conforme palavras deles mesmos (tucanos), aquele que o projetou. Todo esse estrago em dois anos (na política)”, salientou Grana, em referência à recente discussão entre Doria e o ex-governador e ex-presidenciável tucano Geraldo Alckmin, que na terça-feira insinuou que o ex-afilhado político é traidor. “O eleitor do Marinho, do PT (em si), e não se trata de orientação partidária, tende a não votar no Doria. O voto deve migrar para o Márcio França”, disse Grana, ao acrescentar que, neste momento, o petismo está focado na disputa com “chance real” do presidenciável Fernando Haddad (PT). (Colaborou Fábio Martins) 




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