Política Titulo Eleições 2018
Prefeito tucano estará no palanque de França; Auricchio despista

Chefe do Executivo de Rio Grande, Maranhão se encontrou ontem com governador, ao lado de Lauro e Atila

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
19/04/2018 | 06:00
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Divulgação


Filiado ao PSDB, o prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão, confirmou ontem, ao Diário, que apoiará a reeleição do governador de São Paulo, Márcio França (PSB), a despeito de o tucanato ter João Doria, ex-prefeito da Capital, também como pré-candidato na disputa estadual.

A adesão foi apalavrada ontem durante encontro no Palácio dos Bandeirantes, entre França, Maranhão, e os prefeitos Lauro Michels (PV, Diadema) e Atila Jacomussi (PSB, Mauá), que já haviam garantido presença no palanque do socialista. “Estou muito feliz e olho com muito bons olhos essa candidatura dele (França). Hoje (ontem) eu vim numa atividade de governo e não de política, mas podem ter certeza que eu vou estar nesse projeto (eleitoral do PSB)”, sentenciou Maranhão.

A princípio, o combinado era o de que o chefe do Paço de São Caetano, o tucano José Auricchio Júnior, também participasse da reunião com o socialista, em nítido aceno de que se somaria ao grupo de tucanos que desconsidera o projeto de Doria e pedirá votos a França. Ao Diário, Auricchio alegou que não foi à reunião por “motivos de agenda”, mas que já externou o desejo de se reunir com o governador nos próximos dias. O chefe do Palácio da Cerâmica ponderou, no entanto, que a pauta da reunião seria exclusivamente assuntos de governo, e não eleitorais. Questionado se já decidiu quem apoiar na corrida ao Palácio dos Bandeirantes, Auricchio despistou. “Eu sou (Geraldo) Alckmin”, disse o prefeito, que repetiu a frase quando confrontado com as declarações de França de que teria apoio de tucanos que se consideram aliados e que gostam do ex-governador.

Não é a primeira vez em que Maranhão apoiará projetos eleitorais que rivalizam diretamente com o tucanato. Nas eleições presidenciais de 2014, então único prefeito do PSDB no Grande ABC, Maranhão declarou voto na então presidente Dilma Rousseff (PT), que se reelegeu em confronto acirrado com o senador mineiro Aécio Neves (PSDB). A adesão de um tucano a uma candidatura petista repercutiu nacionalmente e Maranhão enfrentou um processo de expulsão no PSDB, que acabou não se concretizando. Ontem o prefeito de Rio Grande relembrou a polêmica do passado, garantiu que não sairá do tucanato e disse não temer novas represálias. “Eu continuo no PSDB e acredito que isso (expulsão) não vai acontecer. Estou no projeto nacional, do Geraldo (Alckmin), e a gente viu todo o histórico de lealdade dele (França) com o (ex) governador. Isso fez com que eu me posicionasse neste sentido”, contemporizou Maranhão.

Integrante do PSB paulista, Atila afirmou que o suporte de um tucano ao projeto do partido mostra o “crescimento” da candidatura de França no páreo. Prefeitos tucanos de outros municípios também anunciaram apoio ao socialista. Na esfera estadual, os deputados Barros Munhoz e João Caramez não só garantiram adesão ao governador como trocaram o PSDB pelo PSB. 




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