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Futuro da canoagem é construído na Billings
Por Anderson Fattori
do Diário do Grande ABC
10/02/2011 | 07:01
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Nário Barbosa/DGABC


As águas da Represa Billings sustentam o sonho de 20 garotas de trilharem carreira de sucesso na canoagem. Vindas de todas as partes do Brasil, elas suportam a saudade da família e a intensidade dos treinamentos para fazer parte da Seleção Brasileira, que treina de forma permanente no Parque Estoril, em São Bernardo. A meta é a evolução na modalidade e, principalmente, bons resultados em competições internacionais como os próximos Jogos Olímpicos e Mundiais.

A rotina das atletas é pesada, inclui intermináveis treinos em dois períodos, dentro e fora da água. No fim de uma semana, cada uma percorre 80 quilômetros, remando de forma sincronizada. Tudo isso em busca de um lugar ao sol.

"Creio que tudo vem se você acreditar e treinar. Quero muito chegar um dia e dizer que fui campeã olímpica. Hoje é um degrau do que quero subir na vida", projeta Cinara Camargo, 17 anos, campeã brasileira e que saiu de Caxias (RS) para se dedicar à canoagem. "O mais difícil é ficar longe da família. Mas fui bem preparada na base, tenho cabeça boa e me adaptei à nova rotina", garante a canoista que é forte candidata a disputar o Mundial e o Pan-Americano.

A caminhada não é nada fácil. Para competir entre as melhores do planeta, as brasileiras terão de remar muito, literalmente. "Primeiro é preciso ser a melhor do Brasil, depois da América do Sul e depois de todo continente americano. Por isso trabalhamos muito o emocional das atletas e implantamos na Seleção a filosofia de que ninguém é imbatível e que as vitórias pertencem aos mais determinados", conta o técnico Paulo Barbosa.

O primeiro objetivo do ano é a disputa do Sul-Americano, que acontece em abril, no Rio de Janeiro, e classifica para o Mundial Júnior - até 18 anos -, disputado em Julho, na Alemanha. Depois, as principais atletas do Brasil encaram o Mundial Sênior, em agosto, na Hungria, que é a principal competição do ano e garante vaga na Olimpíada de Londres, em 2012. Em outubro ainda tem o Pan de Guadalajara.

Na mesma raia em que Cinara dá remadas decisivas, duas jovens são lapidadas, como se fossem joias, para chegarem ao auge em 2016, quando os Jogos Olímpicos serão no Brasil. Larissa Oliveira, 14 anos, e Leticia Martins, 16, parecem que ainda não materializaram o sonho. "Fico imaginando minha mãe comemorando comigo no Rio", sorri Larrisa, que é de Angra dos Reis (RJ). "Estamos nos preparando e sonhando com futuro promissor", confessa a tímida Letícia, que veio de São Vicente (SP).




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